Por 426 votos, Romero Jucá fica fora do Senado após 24 anos

Senador, réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no STF, tentava seu quarto mandato consecutivo

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O senador Romero Jucá (MDB-RR), que tem mandato na Casa desde 1994, não conseguiu se reeleger e ficou de fora por apenas 426 votos. Os eleitos no Estado foram Chico Rodrigues (DEM), com 22,75% dos votos, e Mecias de Jesus (PRB), com 17,43%. Chico teve 111.466 votos válidos e Mecias, 85.366. Jucá ficou com 84.940. 

Romero Jucá figurou durante toda a campanha em terceiro nas pesquisas de intenção de voto e não conseguiu reverter o resultado nas urnas. Ele está há 24 anos no Senado e tentava seu quarto mandato consecutivo. Romero atuou na Casa durante os governos Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma Rousseff (P) e Michel Temer (MDB). Ele já fez parte do PPR, do PSDB e, desde 2010, é um dos líderes do MDB. 

O senador Romero Jucá está na Casa desde 1994 Foto: André Dusek/Estadão

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Romero Jucá foi ministro do Planejamento de Michel Temer por 12 dias. Ele deixou a pasta após a divulgação de áudios que sugeriam uma obstrução da Operação Lava Jato. Em uma conversa com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, ele diz que uma mudança no governo seria importante para "estancar a sangria" da Lava Jato. Os diálogos ocorreram dias antes da votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Jucá é réu pelos crimes de corrupção passiva e lavagem dinheiro no Supremo Tribunal Federal. 

Na tarde deste domingo, ele publicou vídeo dizendo que gostaria de continuar trabalhando pelo Estado e pelo País. "Temos que continuar recuperando o Brasil e recuperando Roraima. Vá para a urna, compare o trabalho de todos e veja quem tem condições de trabalhar pelo bem de Roraima, de Boa Vista e da nossa população", disse. 

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Outros senadores de destaque também não conseguiram vagas no Senado: Presidente da Casa, Eunício Oliveira (MDB-CE), e o vice, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), não foram reeleitos. Lindberg Farias (PT-RJ), Magno Malta (PR-ES), Roberto Requião (MDB-PR) e Cristovam Buarque (PPS-DF) também não conseguiram renovar seus mandatos. Além deles, Edison Lobão (MDB-MA) e Garibaldi Alves (MDB-RN) tiveram suas reeleições frustadas. 

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