Relato de propina deve ser apurado, diz Marina

Candidata a vice defende investigação de acusações contra aliados de Campos em Pernambuco

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Por Itaan Arruda
Atualização:

Atualizado às 21h48 - Rio Branco - A candidata a vice-presidente pelo PSB, Marina Silva, disse nesta quinta-feira, 24, que toda denúncia deve ser investigada, ao ser questionada sobre as declarações do deputado José Augusto Maia (PROS-PE), que afirmou ter recebido ofertas de dinheiro para que seu partido integrasse a coligação de apoio a Paulo Câmara, candidato do PSB ao governo de Pernambuco e afilhado político de Eduardo Campos – parceiro de chapa presidencial da ex-ministra.

“Se existe uma denúncia, existe um processo de investigação”, afirmou Marina em Rio Branco, onde participou de um debate com pesquisadores da 66.ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), no câmpus da Universidade Federal do Acre. “É fundamental que o Ministério Público e a Justiça Eleitoral investiguem toda e qualquer denúncia que pode ser feita”, disse a ex-ministra.

"O que aconteceu foi uma parte da investigação. Falta ainda a polícia federal, falta ainda o Ministério Público se pronunciarem igualmente sobre o rombo que foi feito pela Petrobrás", declarou candidata Foto: ED FERREIRA/Estadão

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Augusto Maia era presidente do diretório estadual do PROS, mas afirmou ter sido destituído do cargo por não aceitar ofertas financeiras do presidente nacional do partido, Eurípedes Jr., e do líder do PP na Câmara, Eduardo da Fonte (PE), para apoiar Paulo Câmara. Ambos negam as acusações de Maia.

Discurso. O deputado foi à tribuna da Câmara no dia 17 e, ao discursar, disse que teve o nome excluído da lista de candidatos do PROS pernambucano “por não aceitar proposta indecorosa e vergonhosa do presidente nacional do PROS, Eurípedes Jr., para se coligar com o PSB”. O caso foi revelado pelo jornal Folha de S. Paulo.

O parlamentar não informa a quantia que teria sido oferecida em troca do apoio a Câmara na disputa em Pernambuco e diz que só o fará em juízo. Maia disse que a primeira reunião foi testemunhada por outros deputados, mas parte deles nega que tenham visto qualquer oferta de propina pelo acordo político. O candidato do PSB ao governo diz que o deputado é “ficha suja” e que vai processá-lo.

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