BRASÍLIA - Reeleito por Alagoas, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse nesta quarta-feira que não vai se candidatar à presidência do Senado em 2019, quando começa a próxima legislatura. Calheiros foi presidente da Casa por duas vezes e voltou a ter seu nome ventilado nas últimas semanas em razão do resultado das eleições, quando os senadores mais experientes do Congresso não conseguiram se reeleger.
"É preciso conhecer o que é que vai chegar nas casas. Isso não é um projeto pessoal. A presidência do Senado e do Congresso não é um fim em si mesmo. Já fui quatro vezes candidato à presidência do Senado. Não sou candidato, não vou postular. Hoje, o Antagonista lançou minha candidatura e disse que já tenho 40 votos. Eu não cogito isso. É preciso compreender a complexidade do momento que vive o País. Eu quero colaborar da planície", afirmou. "Não vou mudar de ideia, já fui (candidato) quatro vezes".
Calheiros evitou dizer que o MDB deve ter prioridade para presidir o Senado, já que elegeu a maior bancada da Casa para a legislatura que se inicia no ano que vem. "O regimento diz que (a presidência do Senado deve ficar com a maior bancada) na medida do possível. Na medida do possível é quando você tem condições políticas", afirmou.
O senador foi questionado então sobre como avalia o nome da senadora Simone Tebet (MDB-MS) para o posto, já que ela começa a ganhar força, nos bastidores, como alternativa ao próprio Renan. "O Senado não tem escassez de nomes. A senadora Simone Tibet mesmo é um excelente nome. Eu acho que tem que aguardar. Essa discussão não deve ser tratada antes de fevereiro de 2019".
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