Resumo das Eleições 2018: Bolsonaro volta à UTI e Lula não poderá votar

Entenda a nova cirurgia do candidato do PSL, dólar sobe com incerteza eleitoral, tucanos criticam PSDB no governo Temer e Haddad fala em três semanas para vencer corrida ao Planalto; veja destaques desta quinta

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Por Igor Moraes
Atualização:

De segunda a sexta, o Estado publicará resumos com as principais notícias sobre as campanhas e o dia dos candidatos nas eleições 2018.

Confira abaixo os destaques desta quinta-feira, 13:

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Entenda nova cirurgia de Bolsonaro

A cirurgia a qual Jair Bolsonaro foi submetido nesta quarta-feira, 12, é um procedimento que pode ocorrer em pacientes com lesões intestinais.

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"Depois de uma cirurgia maior, pode acontecer de o corpo tentar cicatrizar e se formar uma certa dobra no intestino, fazendo com que o trânsito fique obstruído", explica o cirurgião do aparelho digestivo Fabio Atui.

O Estado conversou com especialistas para explicar a operação. Clique aqui para entender a nova cirurgia de Bolsonaro.

Bolsonaro volta à UTI

Jair Bolsonaro no Hospital Albert Einstein. Foto: Flavio Bolsonaro/Twitter

Após a cirurgia de emergência, Bolsonaro voltou para a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Albert Einstein nesta quinta, 13. De acordo com boletim divulgado pelo centro médico, o candidato a presidente nas eleições 2018 “evoluiu bem” após o novo procedimento, que teve duração de duas horas.

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Major Olímpio: não conseguimos levar milhares às ruas

Apoiadores de Jair Bolsonaro em ato no domingo; candidato do PSL e tucano Geraldo Alckmin são os mais atacados Foto: Nacho Doce/Reuters

Candidato ao Senado e aliado de Bolsonaro, o deputado Major Olímpio (PSL) deixou o hospital onde o presidenciável está internado nesta quinta, 13. O parlamentar disse estar aliviado com o boletim divulgado após a nova cirurgia, mas não deu nenhuma estimativa sobre o tempo de recuperação do paciente e admitiu que seu quadro de saúde é grave.

De acordo com o aliado, a campanha de Bolsonaro continuará por meio de familiares e militantes partidários.

“Logicamente nem eu nem o general Mourão, nem o Eduardo Bolsonaro temos essa capacidade de levar milhares de pessoas as ruas, como é a característica e a força do Jair Bolsonaro. Mas vamos levar essa mensagem em relação à vitória no primeiro turno", disse Olímpio.

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Mulheres contra Bolsonaro

O candidato Jair Bolsonaro continua na liderança no Estado de S.Paulo Foto: REUTERS/Diego Vara

O grupo “Mulheres Unidas contra Bolsonaro”, criado no Facebook no dia 30 de agosto, começou a chamar atenção nesta semana e já conta com 1,2 milhão de mulheres. O número é equivalente a 1,5% do eleitorado feminino apto a votar nas eleições 2018.

Segundo pesquisa Ibope divulgada na terça, 11, Bolsonaro tem 50% de rejeição entre as mulheres.

Facada mudou campanha

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Flávio, filho de Bolsonaro, discursa em carro de som Foto: Wilton Junior/Estadão

O atentado contra Bolsonaro jogou ainda mais incertezas sobre as eleições 2018. Relembre os principais fatos ocorridos uma semana após o ato e veja o que mudou no tom da campanha eleitoral neste link.

Dólar sobe e mercado monitora saúde de Bolsonaro

Dólar sobe impulsionado por preocupação dos investidores com estado de saúde do candidato líder das pesquisas ao Planalto, Jair Bolsonaro Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Com as incertezas eleitorais, o dólar volta a subir e a Bolsa a cair nesta quinta, 13. O dólar à vista alcançou R$ 4,2041 às 16h21, alta de 1,28%.

Profissionais destacam que o clima é de cautela, com investidores aguardando nova pesquisa de intenção de voto e com o mercado monitorando o estado de saúde de Bolsonaro.

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Haddad: temos três semanas para ganhar eleições

Fernando Haddad, candidato do PT à Presidência nas eleições 2018 Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Durante agenda em Osasco (SP), o candidato a presidente Fernando Haddad afirmou que os próximos dias serão decisivos para sua campanha, mas que a militância petista precisa ter calma.

“Temos de ter muita calma nos próximos 20 dias e dar a resposta que o Brasil quer. Nós temos três semanas para virar e ganhar a eleição”, disse o novo presidenciável do PT durante o primeiro ato de campanha na região metropolitana de São Paulo.

Lula e o STF

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Quatro ministros do Supremo Tribunal Federal já votaram contra o recurso interposto por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para revisar a decisão da Corte que rejeitou habeas corpus para o ex-presidente em abril. O julgamento acontece no plenário virtual do STF e deve ser concluído nesta sexta-feira, 13.

Lula não poderá votar

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Lava Jato. Foto: Dida Sampaio/Estadão

De acordo com a advogada Valeska Teixeira Zanin Martins, Lula não poderá votar nas eleições 2018. A defensora do petista está em Genebra para falar sobre o caso à imprensa estrangeira e disse que a defesa de Lula chegou a fazer um pedido para que o ex-presidente votasse, mas a solicitação foi negada pelo Tribunal Regional Eleitoral.

Vários tons de PT

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Candidato ao Palácio do Planalto pelo PSDB e ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Foto: Gabriela Biló/Estadão

Geraldo Alckmin disse que há “vários tons de PT” entre seus adversários nas eleições 2018.

“Você tem vários tons do PT e dos adoradores de Lula, como Ciro Gomes Marina Silva, Boulos e até Henrique Meirelles como presidente do Banco Central, no governo PT", disse o presidenciável tucano em entrevista ao jornal O Globo.

O ex-governador de São Paulo também tentou afastar sua imagem do presidente Michel Temer e disse ter sido contra o PSDB entrar no governo.

"O PSDB não tem nada a ver com esse governo, totalmente distanciado do povo. Partido moderno dialoga com o povo, presta conta", afirmou Alckmin.

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Tasso Jereissati: entrar no governo foi o grande erro

'As pessoas estão vendo mal o PSDB', afirma Tasso Foto: JARBAS OLIVEIRA/ESTADÃO

Ex-presidente do PSDB, o senador Tasso Jereissati disse que o partido falhou ao questionar o resultado eleitoral das eleições em 2014. Ainda de acordo com o líder tucano, o grande erro da sigla foi entrar na composição do governo Temer.

“Foi a gota d’água, junto com os problemas do Aécio (Neves). Fomos engolidos pela tentação do poder”, disse Jereissati em entrevista ao Estado.