Saúde e segurança são principais bandeiras de candidatos no Rio

Candidatos, de forma geral, defenderam durante sabatina do 'Grupo Estado' ampliação da rede de atendimento.

PUBLICIDADE

A série de sabatinas realizada pelo Grupo Estado com sete candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro mostrou que as áreas de saúde, educação e segurança - esta responsabilidade do governo estadual e não da Prefeitura - são as maiores preocupações da campanha carioca. Muito se falou em ampliar o programa federal Saúde de Família no município do Rio, investir em saúde preventiva e, nessa linha, tomar medidas para evitar a epidemia de dengue no próximo verão. Os candidatos, de forma geral, defenderam a ampliação da rede de atendimento. Veja também: Candidatos no Rio pregam enten dimento com Lula e Cabral Especial: Perfil dos candidatos  As regras para as eleições municipais    Tire suas dúvidas sobre as eleições de outubro Marcelo Crivella (PRB), em primeiro lugar na pesquisa do Ibope com 28% das intenções de voto, e Eduardo Paes (PMDB), em segundo lugar, com 12%, querem criar mais Unidades de Pronto Atendimento (UPA), projeto do governo estadual feito com cooperativas. Já Solange Amaral (DEM), em quarto lugar no Ibope com 6% dos votos, pediu cuidado com as UPAs e repetiu diversas vezes em sua sabatina que elas são feitas sem licitação e sem servidores públicos concursado. A Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil informou em nota que quatro das 11 UPAs foram licitadas e que a partir de outubro começam a trabalhar nas UPAs 5.009 aprovados no último concurso do Corpo de Bombeiros. Jandira Feghali (PCdoB), praticamente empatada com Paes na pesquisa do Ibope com 11% das intenções de voto, gosta de lembrar que é médica como argumento para dizer que será competente na gestão da área. Ela disse que pretende dar 100% de cobertura de saúde da família para 16 áreas da cidade onde o Índice de Desenvolvimento Humano é muito baixo, inferior a 0,50. Em quinto lugar, empatado com Chico Alencar (PSOL), ambos com 4% das intenções de voto, Fernando Gabeira (PV) informou que pretende construir mais postos de saúde e ampliar o horário de funcionamento dessas unidades. Na educação, com exceção de Solange, afilhada política do atual prefeito Cesar Maia, todos querem acabar com o atual sistema de aprovação automática dos alunos da rede municipal nas fases intermediárias dos ciclos. A obra Cidade da Música, uma das marcas da gestão de Cesar Maia, foi tratada por quase todos os candidatos como desnecessária e cara, com exceção de Solange. Quando o assunto é segurança, o governo estadual foi alvo de críticas dos principais candidatos de oposição. Alessandro Molon (PT), em sétimo lugar na pesquisa do Ibope, com 1% dos votos, Fernando Gabeira (PV), Chico Alencar (PSOL) e Jandira criticaram enfaticamente a política do governo Sérgio Cabral para o setor. Segundo Molon, a atual política de confronto "maquia execuções". Para Alencar, é uma política que "atira primeiro e pergunta depois". Gabeira entende que o confronto deve ser um elemento da política de segurança, mas não o único. Para ele, a ênfase deve ser em inteligência e treinamento dos policiais. Ele acredita que a Prefeitura pode ajudar, inclusive disponibilizando informações para as polícias, entre outra atitudes. Eduardo Paes, candidato do governador, defendeu a política atual, mas reconheceu o despreparo dos policiais e tratou a segurança como problema histórico. A participação ou não do Exército na segurança da cidade, seja nas eleições ou em outras ocasiões, dividiu opiniões. Alguns candidatos, como Paes e Solange, mostraram-se favoráveis, mas sem convicção em relação ao tema. Já Molon é contra e argumentou, inclusive, com a morte de três jovens do Morro da Providência entregues por um grupo de militares para traficantes do Morro da Mineira, dominado por facção criminosa rival da hegemônica na Providência. Crivella, autor do projeto de obras de recuperação de moradias na Providência, Cimento Social, motivo da presença dos militares em questão no Morro da Providência, defendeu o Exército. Crivella atribuiu toda a responsabilidade à índole do tenente Vinícius Ghidetti de Moraes, que liderava o grupo. "Não podemos culpar as Forças Armadas por um ato de um jovem", afirmou. Alencar chamou a atenção para "a captura de instituições públicas pela criminalidade".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.