Sérgio Moro admite a possibilidade de não concorrer nas eleições 2022

Ex-ministro da Justiça falou da disposição para 'vencer extremos', mas destacou que não descarta 'inclusive não concorrer a nada'; em março, Moro abriu mão da pré-candidatura a presidente da República

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Por Matheus de Souza
Atualização:

Após abrir mão de sua pré-candidatura à Presidência da República pelo Podemos, e enfrentar dificuldades para definir seu futuro político no União Brasil, o ex-juiz Sérgio Moro admitiu, nesta quarta-feira, 20, que pode não concorrer a nenhum cargo público nas eleições deste ano.

Sérgio Moro, que era pré-candidato à Presidência pelo Podemos, migrou para o União Brasil no fim de março. Foto: JF Diorio

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“Me coloquei numa situação de desprendimento para a união nacional, para vencer extremos. Não está descartada nenhuma situação, posso inclusive não concorrer a nada”, disse Moro em entrevista à rede CNN. “Não vivo da política, estava fora do Brasil e voltei para ajudar na construção de algo que possa vencer extremos políticos.”

 O ex-juiz ainda defendeu a pré-candidatura de Luciano Bivar, nome do União Brasil para o Planalto. Moro ponderou que apenas com o capital político acumulado por ele até hoje sua candidatura “não daria certo”, e disse que procura “ajudar a construir esse centro democrático”. Sua saída do Podemos, afirmou, foi um "movimento necessário” para “um projeto político maior”.

No União Brasil, o ex-juiz tem um projeto político voltado para São Paulo, segundo a cúpula da legenda. Apesar de sua declaração de que pode desistir das eleições, Moro começou a trocar ataques com o apresentador contra José Luiz Datena, que deve concorrer ao Senado pelo PSC. Tentar o Senado por São Paulo, para onde transferiu seu domícilio eleitoral, é uma das alternativas do ex-juiz.

Respondendo ao apresentador, Moro afirmou, no Twitter, que ele tem coragem e posição “ao contrário de você (Datena) que vive em uma bolha de vidro e não sabe se apoia Lula ou Bolsonaro”. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Datena chamou o ex-juiz de "traidor" e afirmou que "faria questão” de derrotá-lo nas urnas.

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