CAMPINAS - Vacina chinesa, críticas à atual gestão municipal e ao governador João Doria (PSDB) foram temas abordados em ataques de candidatos a prefeito a seus concorrentes, no último debate deste primeiro turno da eleição em Campinas, realizado na noite desta quinta-feira, 12. O evento foi promovido pelo site Acidade ON, integrante do grupo EPTV, emissora afiliada à Rede Globo, e reuniu os seis candidatos mais bem colocados no Ibope de 27 de outubro.
Um dos confrontos mais intensos foi entre o deputado estadual Rafa Zimbaldi (PL) e o ex-secretário de Esportes Dário Saadi (Republicanos), que lideraram a última pesquisa, com 27% e 22% das intenções, respectivamente.
Saadi voltou a falar sobre o voto favorável do deputado ao projeto 529 de Doria, um pacote de ajuste fiscal que reviu benefícios em impostos, aprovado em 14 de outubro. “O senhor vai para São Paulo para votar pacote de aumento de impostos”, disse. Zimbaldi negou, dizendo que votou pela redução da máquina pública e que reduzirá taxas. Já o deputado cobrou o ex-secretário pelo fato de a Guarda Municipal, segundo ele, estar precarizada. “Entendo que o senhor não vai cobrar o prefeito, ele é seu padrinho.” Saadi afirmou que vai repor o quadro de guardas e acusou o deputado de não cobrar o governador para dar estrutura às polícias.
Em outra troca de perguntas, o ex-prefeito Dr. Hélio (PDT) chamou o ex-vereador Artur Orsi (PSD) de “bolsonarista de ocasião” e pediu a opinião dele sobre a vacina chinesa testada em parceria com o Instituto Butantan. O presidente Jair Bolsonaro chegou a comemorar a interrupção dos testes, já retomados, pela Anvisa. “Em 1995, houve uma discussão para se estabelecer vacina contra meningite vinda de Cuba, e fomos perdendo vidas”, disse. “Essa é uma questão técnica, quem vai decidir é a Anvisa”, respondeu Orsi, que voltou a dizer que Hélio tem “mágoa” por ele ter pedido sua cassação da prefeitura quando vereador, em 2011.
Orsi, Delegada Teresinha (PTB) e o vereador Pedro Tourinho (PT) também aproveitaram suas intervenções para criticar a condução de políticas públicas pelo atual governo municipal.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.