EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
Foto do(a) coluna

Um olhar crítico no poder e nos poderosos

Opinião|Sustos, surpresas e curiosidades até a reta final numa eleição que favorece a direita

PL lidera em 18 das maiores cidades do País; depois vem o União Brasil, na frente em 17

PUBLICIDADE

Foto do author Eliane Cantanhêde
Atualização:

A eleição de 2024 é uma das mais eletrizantes, e não mais pela insistência do empate triplo em São Paulo, mas também pela reviravolta em Belo Horizonte e as surpresas no Rio na última hora. Os partidos da direita e do Centrão parecem levar a melhor, a esquerda patina e o PT, particularmente, não está bem na foto.

Dos 5.569 municípios, 103 têm mais de 200 mil habitantes, entre elas, 26 capitais. Na grande maioria, as eleições se encerram no primeiro turno deste domingo, mas nessas 103 há possibilidade de segundo turno, caso nenhum candidato obtenha 50% ou mais dos votos válidos -, excluídos os nulos e brancos.

Técnicas do TRE-SP preparam as últimas urnas eletrônicas da 326ª Zona Eleitoral de Ermelino Matarazzo, zona leste da cidade de São Paulo Foto: Júlia Pereira/Estadão

PUBLICIDADE

Nesses 103, o partido com mais chances de vitória, segundo o site Poder 360, é o PL, que lidera em 18, e depois vêm: União Brasil (UB) em 17, e PSD, MDB, PP e Republicanos, todos do centro-direita à direita. O primeiro de esquerda a surgir é o PT, empatado em 6° lugar com o Republicanos, com chances em onze.

Tanto o pequeno PSOL e quanto o inexplicável PTRB estão fora de todas, exceto justamente de São Paulo, e concorrendo um contra o outro no primeiro turno, sabe-se lá se também no segundo. Ainda não dá para dizer. Pela Quaest, há possibilidade maior de vitória em primeiro turno em nove das 26 capitais: Maceió, com JHC (PL); Salvador, Bruno Reis (União), São Luiz, Eduardo Braide (PSD); Recife, João Campos (PSB); Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos); Macapá, Dr. Furlan (MDB); Porto Velho, Mariana Carvalho (União); Boa Vista, Arthur Henrique (MDB) e, até esta quinta-feira, Rio, com Eduardo Paes (MDB).

A diferença entre Paes e Alexandre Ramagem (PL) é de 54% a 22% pelo Datafolha, mas pode não ser suficiente para fechar o pleito em primeiro turno. Na reta final, pesam fatores como voto útil, abstenção e troca de candidato, com diferenças entre pesquisas e votos. Paes atravessou a campanha na liderança e chega à hora H com uma interrogação no ar, reforçada pela derrota para o aventureiro Wilson Witzel aos 48 do segundo tempo em 2018.

Publicidade

Curiosidades: a única mulher com chance de vitória já no domingo nas cidades mais populosas é Mariana Carvalho, em Porto Velho; a única capital onde PT e PL estão na dianteira, cara a cara, é Fortaleza; após meses com Mauro Tramonte (Republicanos) disparado na frente, Belo Horizonte chega ao fim com três candidatos embolados. Por fim, João Campos, candidato à reeleição em Recife, é forte candidato a campeão de votos da eleição em todo o País. Haja coração!

Opinião por Eliane Cantanhêde

Comentarista da Rádio Eldorado, Rádio Jornal (PE) e do telejornal GloboNews em Pauta

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.