Eliziane entrega relatório da CPMI do 8/1 ao TCU e presidente da Corte promete ir atrás de culpados

Relatora da CPMI do 8 de Janeiro visitou órgãos responsáveis por dar encaminhamento às denúncias feitas pela comissão

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Foto do author Weslley Galzo

BRASÍLIA - A senadora Eliziane Gama (PSD-AM) e os parlamentares governistas que integraram a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro encerraram nesta quarta-feira, 25, o tour de entrega do relatório aos órgãos competentes por dar encaminhamento às denúncias. A última parada foi no Tribunal de Conta da União (TCU), onde o presidente Bruno Dantas garante que as informações do documento serão esmiuçadas para eventualmente instaurar novos processos de investigação.

“A investigação foi concluída e nós vamos agora aprofundar a fiscalização e responsabilizar todos os culpados”, disse Bruno Dantas. O TCU possui atualmente oito processos relacionados a temas apurados pela CPMI, como a compra de veículos blindados da empresa Combat Armor pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que nunca utilizou os veículos.

O presidente do TCU, Bruno Dantas. 

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Outra investigação que a Corte de Contas vai aprofundar é a que mira os contratos da PRF com a empresa Cognyte para uso de softwares de rastreamento e interceptação de números telefônicos, além de monitoramento de redes sociais. A empresa já está na mira da Polícia Federal (PF) por causa do uso do seu software de geolocalização FirsMile pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para monitorar adversários políticos.

Mais cedo, Eliziane entregou o relatório da CPMI advogado-geral da União, Jorge Messias. Ele orientou a equipe a avaliar as medidas cabíveis para que Bolsonaro (PL) e as outras 60 pessoas que a CPMI pediu indiciamento sejam responsabilizados pelos “danos causados” aos prédios públicos durante a invasão. A senadora, que relatou a comissão, também entregou o documento final ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), à procurador-geral da República interina, Elizeta Ramos, e o diretor-geral da PF, Andrei Passos.

Messias determinou que a Procuradoria-Geral da União de Patrimônio Público adote todas as medidas judiciais e administrativas ao seu alcance para garantir que todas as pessoas que tiveram pedidos de indiciamento na CMPI arquem com os danos causados no Palácio do Planalto, no Congresso e no STF. Somente a reconstrução da Suprema Corte custou R$ 11,4 milhões.

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