A primeira sessão do ano na Câmara Municipal de São Paulo, realizada na quarta-feira, 1º, trouxe um PL com dificuldades de articulação. Durante a votação para a Mesa Diretora, os vereadores do partido não mantiveram um posicionamento unificado, expondo fragilidades internas e alimentando preocupações entre aliados.
Na disputa pela presidência da Câmara, um acordo tradicional foi novamente firmado entre o governo municipal e o PT. Esse entendimento, já consolidado em anos anteriores, assegurou a eleição de Ricardo Teixeira (União) como presidente da Casa, enquanto Hélio Rodrigues (PT) assumiu a primeira secretaria, posto antes ocupado por Alessandro Guedes (PT).
‘Isac Félix (PL), Gilberto Nascimento Junior (PL), Sandra Tadeu (PL) e Rute Costa (PL) – seguiram o combinado e votaram conforme o entendimento. Já os bolsonaristas Lucas Pavanato (PL), Sonaira Fernandes (PL) e Zoe Martinez (PL) se posicionaram contrariamente, rompendo com a orientação da bancada. Martinez chamou atenção em sua posse ao fazer uma saudação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o juramento, gerando confusão e coro de ‘sem anistia.
Sandra Tadeu justificou sua escolha ao enfatizar a importância de respeitar os acordos políticos: “é importantíssimo cumprir o acordo”. Em contrapartida, Pavanato, influenciador de direita e vereador mais votado na cidade, defendeu seu voto independente, argumentando: “acima dos acordos da Casa está o acordo que fiz com meus eleitores”.
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Esse desacordo interno gerou incertezas entre lideranças municipais do PL e aliados do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Nos bastidores, há preocupação sobre como essas divisões podem impactar negociações no longo prazo.
Apesar dos desacordos, com 49 votos, Ricardo Teixeira foi eleito presidente da Câmara para o ano de 2025. O novo presidente do Legislativo municipal afirmou ter um perfil voltado para o diálogo e refutou a ideia de que a Câmara será uma “chanceladora” da próxima gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB).
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