Em meio a críticas da base, Bolsonaro diz que segundo indicado ao Supremo pode ser pastor

Em evento da Assembleia de Deus, presidente afirma que poderá indicar nome que é 'mais que terrivelmente evangélico'

PUBLICIDADE

Em culto evangélico em São Paulo, o presidente da República, Jair Bolsonaro, reafirmou que vai indicar um nome "terrivelmente evangélico" para a segunda indicação que fizer no Supremo Tribunal Federal (STF), em julho. Na promessa, o mandatário sugeriu que pode até alçar um pastor à corte.

"Eu assumi um compromisso com vocês, nossos irmãos, vamos ter no Supremo Tribunal Federal um ministro terrivelmente evangélico. Alguns, um pouco precipitados, achavam que devia ser a primeira vaga, que eu acabei de indicar. A segunda vaga, que será em julho do ano que vem, com toda a certeza, será mais que terrivelmente evangélico. Se Deus quiser, nós teremos lá dentro um pastor", prometeu o presidente, diante de aplausos, em culto de aniversário do pastor José Wellington Bezerra da Costa, presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil até 2017.

O presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama Michele Bolsonaro participam do culto na Assembleia de Deus Foto: Marcos Correa/PR

PUBLICIDADE

O mandatário já havia dito, em uma live em 1º de outubro, que a vaga que abrirá em julho de 2021 seria de um evangélico. No ano que vem, o ministro Marco Aurélio Mello vai ser aposentado compulsoriamente.

A primeira indicação, para a vaga do ministro Celso de Mello, desagradou a base bolsonarista. A escolha do desembargador Kassio Marques fez aumentar o número de antigos bolsonaristas que partiram para o confronto aberto com Jair Bolsonaro, acusando o presidente de “traição” aos compromissos assumidos na campanha de 2018.

Publicidade

Uma das filhas do pastor José Wellington Bezerra da Costa, a deputada estadual Marta Costa (PSD), é vice na chapa de Andrea Matarazzo (PSD) que disputa a Prefeitura de São Paulo. Outra filha, a vereadora Rute Costa, é candidata a reeleição na Câmara de SP pelo PSDB. Outro filho, Paulo Freire Costa, é deputado federal pelo PL. Todos estavam presentes. 

Além de Bolsonaro, compareceram também os ministros da Educação, Milton Ribeiro, e da Mulher, Damares Alves, cuja presença foi ovacionada. Também foram anunciadas as presenças do prefeito e candidato à reeleição, Bruno Covas – que também recebeu aplausos –, do ex-ministro e secretário licenciado da Casa Civil do governo paulista, Gilberto Kassab, e de Matarazzo. Todos sentaram-se na ala de autoridades, atrás de Bolsonaro e do pastor José Wellington. 

O deputado federal Celso Russomanno (Republicanos) outro candidato em São Paulo, desistiu de participar, afirmando que tinha que gravar programas do horário eleitoral gratuito que estavam atrasados. Mais cedo, ele havia se reunido com Bolsonaro no aeroporto de Congonhas, onde ambos anunciaram que a campanha à prefeitura de Russomanno contará com apoio presidencial já no primeiro turno.

A Assembleia de Deus é a maior denominação neopentecostal do mundo e conta no Brasil com mais de 20 milhões de fiéis.

Publicidade