Em resposta a artigo publicado no Estado, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, criticou nesta sexta-feira, 8, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso e os ex-chanceleres Celso Amorim e Rubens Ricupero. Eles foram chamados de “paladinos da hipocrisia” pelo atual chanceler, que também deu a entender que o trio defende “clichês globalistas”.
Os três foram autores, junto com Aloysio Nunes Ferreira, Celso Lafer, Francisco Rezek, José Serra e Hussein Kalout, de um texto crítico da orientação da política externa do Brasil, conduzida por Araújo. Todos já tiveram altos cargos de governo relacionados à área das Relações Exteriores.
“Se querem implementar de novo seus falidos projetos de política exterior para servir a um sistema de corrupção e atraso, muito bem. Apresentem esse projeto ao povo e disputem uma eleição. Não fiquem usando a Constituição como guardanapo para enxugar da boca a sua sede de poder”, declarou Araújo, em seu Twitter.
No artigo, eles criticaram o voto brasileiro na ONU para que se ampliasse o embargo contra Cuba, a falta de apoio a questões relacionadas a discriminação por raça ou gênero e o “apoio a medidas coercitivas em países vizinhos”.
“Além de transgredir a Constituição Federal, a atual orientação impõe ao País custos de difícil reparação como desmoronamento da credibilidade externa, perdas de mercados e fuga de investimentos”, escreveram.
Araújo escreveu 12 tuítes para rebater o artigo e disse aplica “todos e cada um dos princípios constitucionais”.
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