Um grupo de empresários, economistas, representantes das áreas da educação e urbanismo e artistas indígenas assinaram um manifesto endossando o nome da pré-candidata do MDB à Presidência, Simone Tebet. No texto, o grupo defende que a senadora representa uma liderança “enérgica e pacificadora”, capaz de “unir o País”.
O abaixo-assinado foi publicado na plataforma Change.org quatro dias antes de o ex-governador João Doria (PSDB) desistir de concorrer à indicação da chamada terceira via para disputa. O número de assinaturas alcançou 3,4 mil pessoas nesta terça-feira, 24.
Como mostrou a Coluna do Estadão, entre os signatários estão nomes da indústria à Faria Lima, como Candido Bracher, ex-presidente do Itaú Unibanco, Pedro Wongtschowski, do Grupo Ultra, e Wolff Klabin, presidente do conselho da Klabin, além de economistas de linhagem tucana, como Armínio Fraga, Eliana Cardoso e Elena Landau, organizadora do programa econômico de Simone Tebet.
Ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga disse ao Estadão considerar que uma chapa de Simone Tebet com o senador tucano Tasso Jereissati como vice “pode ser competitiva”. Em entrevista ao Poder 360, no final de abril, ele apostou em uma alternativa ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Disse, porém, que se dois forem ao segundo turno com uma diferença pequena, votaria no petista.
O manifesto afirma que o nome mais adequado ao Planalto deve “unir o País em torno de um verdadeiro projeto de nação, orientado pela prosperidade e a inclusão social”.
“Isso significa que os brasileiros precisam entregar o comando do Poder Executivo, a partir do próximo ano, a uma liderança enérgica e pacificadora, dotada de credibilidade, de experiência na gestão pública e no Parlamento, atenta e sensível às demandas da população, em especial da mais vulnerável, e à defesa do meio ambiente”, diz o texto.
Essa pessoa, segundo os signatários, seria Simone Tebet. “Além de exibir todos os atributos elencados acima, destaca-se por seu espírito cívico e sua capacidade de conciliação”, completa.
Também compõem a lista dos que assinam o manifesto os economistas Affonso Celso Pastore, que contribuiu com a pré-campanha do ex-juiz Sérgio Moro; Andrea Calabi, ex-presidente do BNDES, Eliana Cardoso, ex-Banco Mundial; Philippe Reichstul, ex-presidente da Petrobras; os urbanistas Roberto Loeb e Marta Grostein e a geógrafa que atua na área de saneamento Stela Goldenstein.
Maria Silvia Bastos Marques, primeira mulher a presidir o BNDES, e Luciana Temer, do Instituto Liberta, também assinam o manifesto. Na área da educação, Maria Inês Fini, ex-presidente do Inep, e Maria Helena Castro, ex-secretária executiva do Ministério da Educação, endossam o documento. Há, ainda, as assinaturas de Mayana Zatz, Beatriz Tess, pesquisadores que atuam na área de medicina e biologia, e dos artistas indígenas Mayawari Mehinako e Kulikyrda Mehinako.
A proposta do manifesto surgiu após Teresa Bracher, do Acaia Pantanal, Fabio Barbosa, ex-presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), e Marisa Moreira Salles, fundadora da Bei Editora, reunirem cerca de 300 pessoas em São Paulo para Simone Tebet apresentar ideias sobre seu plano de governo em 28 de abril. Teresa é também a criadora do manifesto na plataforma.
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