‘Eu posso ser horrível, mas o outro cara é péssimo’, diz Bolsonaro ao comparar sua gestão com Lula

Ex-presidente conversou com apoiadores neste domingo em Angra dos Reis

PUBLICIDADE

Foto do author Pedro Augusto Figueiredo

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teceu críticas ao governo de seu sucessor, o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em uma conversa neste domingo, 14, com apoiadores na Vila Histórica de Mambucaba, em Angra dos Reis (RJ), Bolsonaro citou a previsão de déficit primário e a revogação da política implantada por ele que facilitou o acesso da população à armas de fogo.

PUBLICIDADE

O ex-presidente está inelegível até 2030. Ele foi condenado duas vezes pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A primeira, em junho, por uso indevido dos meios de comunicação durante reunião com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada em 2022 na qual ele atacou as urnas eletrônicas. A segunda condenação ocorreu em outubro, devido a abuso de poder político e econômico nas comemorações do bicentenário da Independência.

“Um rombo de quase R$ 200 bilhões. Essa conta quem vai pagar são vocês”, disse Bolsonaro em conversa com apoiadores. Ele publicou o vídeo do encontro em suas redes sociais. “Nós estamos no mesmo barco pessoal. Se alguém porventura aqui votou no PT, pode ser que exista: não dá para comparar, eu posso ser um cara horrível, mas o outro cara é péssimo”, acrescentou o ex-presidente.

Ex-presidente conversou com apoiadores em Angra dos Reis Foto: Reprodução/ X @jairbolsonaro

Segundo estimativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o déficit primário do ano passado foi de R$ 234,3 bilhões. O governo ainda não informou o dado oficial. A meta do governo, defendida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), para 2024 é de déficit zero. O orçamento já foi aprovado pelo Congresso Nacional, mas ainda precisa ser sancionado por Lula.

Publicidade

Ainda segundo Bolsonaro, o Brasil passará por um problema de quebra de safra na agricultura neste ano. Para o ex-presidente, embora isso seja causado por diversos fatores, ele destacou o que avalia como falta de segurança no campo. “A violência diminui no meu governo pela política de armas para o pessoal de bem. Ele acabou com isso”, declarou.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.