BRASÍLIA - O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Gonçalves Dias prestou depoimento à Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira, 21. Ele falou por quase cinco horas sobre sua atuação no dia 8 de janeiro, quando o Palácio do Planalto foi invadido e depredado por extremistas.
A oitiva foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Imagens da área interna do Palácio do Planalto divulgadas pela primeira vez nessa quarta-feira, 19, pela CNN Brasil, mostram G. Dias , como é conhecido, e outros funcionários do GSI interagindo com os golpistas durante a invasão do prédio. Um dos servidores chegou a distribuir garrafas de água para os extremistas.
O escândalo levou o general a pedir demissão do governo. O pedido foi aceito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). G Dias é o primeiro ministro a cair em 109 dias da atual gestão.
Na decisão que determinou o depoimento de G Dias, Moraes apontou que as imagens revelam uma “atuação incompetente das autoridades responsáveis pela segurança interna do Palácio do Planalto, inclusive com a ilícita e conivente omissão de diversos agentes do GSI”.
O ministro do STF destacou que já mandou, no mesmo dia dos atos golpistas, a PF obter todas imagens de câmeras de segurança do DF do dia 8 de janeiro. Também determinou, em 23 de fevereiro, que todos os militares que aparecem nas câmeras de segurança sejam ouvidos. A lista dos militares presentes seria fornecida pelo GSI.
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