BRASÍLIA - A campanha de Dilma Rousseff (PT) contratou Camilla Baeta Neves, ex-mulher do jornalista Amaury Ribeiro Jr., para trabalhar na assessoria de comunicação da petista. Camilla dava expediente no escritório político de Dilma, no Lago Sul, mas ficou menos de três meses ali: saiu assim que o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel perdeu poder.
Ribeiro foi o pivô do escândalo da quebra de sigilo fiscal de parentes e amigos de José Serra (PSDB). O jornalista admitiu à Polícia Federal que encomendou e pagou pela violação do sigilo na Receita. Disse que fazia uma investigação pessoal sobre privatizações no governo Fernando Henrique Cardoso, embora estivesse de férias no jornal Estado de Minas.
A efetiva participação de Ribeiro na pré-campanha de Dilma é, até hoje, um mistério. Ele foi acusado pelo PT de trabalhar para o então governador Aécio Neves (PSDB), que estaria montando um dossiê contra Serra para se contrapor à investida do colega no partido.
No comitê tucano, porém, Ribeiro foi apontado como integrante do "grupo de inteligência" da pré-campanha de Dilma, que teria como objetivo espionar Serra. Como Ribeiro, Camilla foi contratada pelo jornalista Luiz Lanzetta.
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