Ex-mulher de homem que detonou bombas em Brasília é categórica ao falar que alvo era Moraes, diz PF

Segundo Andrei Passos, chefe da PF, a investigação vai apontar se o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) era de fato o alvo do atentado

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Foto do author Iander Porcella
Atualização:

BRASÍLIA - O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos, confirmou que a ex-mulher de Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, que morreu na Praça dos Três Poderes após uma sequência de explosões, disse que o alvo do ataque seria o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele disse, porém, que a investigação ainda precisa confirmar a fala postada num vídeo em redes sociais.

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“O áudio [da ex-esposa do autor do atentado] é muito categórico, e há outras mensagens de redes sociais, inclusive enviadas ao STF ameaçando a Corte como um todo. A fala da senhora é que o alvo dessa pessoa era o ministro Alexandre de Moraes”, completou.

O diretor-geral da PF afirmou que a investigação vai confirmar se o alvo era, de fato, o ministro do Supremo. “O que posso dizer é que nossa equipe já está em campo coletando informações para que a gente traga a maior quantidade possível de informações e provas para que possamos, em curto espaço de tempo, trazer uma resposta definitiva sobre o episódio”, disse.

Segundo o diretor-geral da Polícia Federal, delegado Andrei Augusto Passos Rodrigues, o atentado pode estar relacionado à invasão do 8 Janeiro de 2023 Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Andrei Passos disse, ainda, que “um dos elementos que aponta uma relação direta entre esses episódios” é uma mensagem escrita na casa em Ceilândia que faz referência a uma participante do ato de 8 de janeiro. Passos chegou a se referir à mulher como uma “terrorista”, mas depois se corrigiu. O diretor-geral da PF disse, ainda, que há “um áudio da ex-esposa que cita que ele [autor do atentado] estava aqui no começo de 2023″.

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O autor do atentado teria tentado entrar no STF, mas não conseguiu. Não tendo conseguido, foi à Praça dos Três Poderes, onde causou as explosões e, em seguida, se matou. O episódio, segundo Passos, mostra que “movimentos extremistas infelizmente se mostram muito vivos”.

O diretor-geral da PF disse que as bombas no carro que explodiu no estacionamento da Câmara dos Deputados foram detonadas de maneira remota e eram fogos de artifício. Passos relatou, ainda, ter recebido informações nesta quinta de que há novas ameaças enviadas ao STF.

Questionado sobre um drone que caiu nos arredores da Câmara dos Deputados na noite de quarta-feira, o diretor-geral da PF disse que “aparentemente” não há relação do episódio com as explosões na Praça dos Três Poderes.

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