O ex-vereador Jair Barbosa Tavares, conhecido como Zico Bacana, foi assassinado a tiros na tarde desta segunda-feira, 7, no bairro de Guadalupe, zona norte do Rio de Janeiro.
Zico Bacana já foi citado como chefe de milicianos em relatório da CPI das Mílicias, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Ele também depôs em 2018 na investigação da morte da ex-vereadora Marielle Franco.
A Polícia Militar informou que os disparos de arma de fogo partiram de um veículo não identificado que havia parado em frente a um estabelecimento comercial onde estava Zico Bacana.
Jorge Barbosa Tavares, irmão do ex-vereador, também foi atingido e morreu.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, Zico Bacana deu entrada no Hospital Albert Schweintzer às 17h50, já sem vida.
O ex-vereador já havia sido vítima de uma tentativa de assassinato em novembro de 2020. Na ocasião, ele foi baleado enquanto fazia campanha em um bar em Ricardo de Albuquerque, também na zona norte do Rio. O tiro atingiu a cabeça de Zico Bacana de raspão.
Zico Bacana foi vereador do Rio de Janeiro entre 2017 e 2020. Em suas redes sociais ele também se descrevia como paraquedista e policial militar.
CPI das mílicias
O ex-vereador foi citado no relatório final da CPI das Milícias como um dos supostos líderes de uma milícia que atuava nos bairros de Guadalupe, onde foi morto nesta segunda, e Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte do Rio.
De acordo com o relatório, Zico Bacana comandava um grupo paramilitar com aproximadamente 50 integrantes e dominaria as milícias no bairro de Anchieta, nas Comunidades do Gogó da Ema e Camboatá em Guadalupe e Cavalheiro da Esperança em Ricardo de Albuquerque.
À época da CPI, apesar de ter sido citado no relatório final, Zico não foi denunciado.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.