O comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), tenente-brigadeiro do ar Marcelo Damasceno, disse nesta quinta-feira, 3, que não há indícios de colisão de pássaros com o avião presidencial. A aeronave teve uma pane técnica logo após a decolagem na última terça-feira, 1º, no México.
“Nós não descartamos a hipótese de ter uma ingestão de pássaro. A aeronave tinha acabado de recolher o trem de pouso em uma altitude que pode ter ingestão de pássaro, mas não temos nenhuma indicação. Não há sangue, não há penas, não há nada que ainda tenhamos identificado. Ao abrirmos o motor, pode surgir. Mas estamos aguardando o relatório preliminar”, disse o comandante.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foi destacado para investigar as causas exatas do incidente. O brigadeiro informou que dois técnicos da entidade foram enviados ao México para apurarem o caso e que o piloto cumpriu com todos os protocolos previstos para esse tipo de situação.
O militar também se posicionou favorável à compra de um novo avião presidencial, em concordância com o presidente Lula Inácio Lula da Silva (PT), que, como antecipou a Coluna do Estadão, avaliou o modelo comprado como “antiquado” e voltou a considerar sua substituição.
“Pessoalmente eu defendo (a compra de uma nova aeronave). Esse avião completa 20 anos em 5 de janeiro. O avião é seguro, mas além disso ele tem autonomia que nos atende em parte. Acho que um País como o nosso, uma potência mundial, entre as dez maiores economia do mundo deve ter um avião maior, que tenha mais autonomia e mais espaço para levar o mandatário do país”, disse Damasceno.
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O atual avião presidencial, modelo Airbus A319 e chamado de VC-1 pela FAB, foi adquirido em 2004, no primeiro mandato de Lula e custou US4 56,7 milhões – US$ 91,7 milhões em valores corrigidos, que na cotação atual é pouco mais de R$ 503 milhões.
O vetor, montado em Hamburgo, na Alemanha e batizado oficialmente de Santos Dumont, tem capacidade para até 40 passageiros e pertence ao Grupo de Transporte Especial (GTE), unidade da FAB responsável pela realização das missões solicitadas pelo Planalto.
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