O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, parabenizou nesta quarta-feira o governador paulista, Geraldo Alckmin, pela indicação do PSDB para que ele dispute a eleição presidencial deste ano. Skaf declarou que a indicação de Alckmin pelo PSDB foi "justa e correta", mas, depois, explicou que isso não significava, porém, apoio dele próprio ou da entidade representativa ao candidato tucano. "O que me referi foi baseado em uma relação de 20 anos que mantenho com o governador, desde os tempos de Pindamonhangaba", explicou, uma vez que ambos são conterrâneos da cidade do Vale do Paraíba, no interior paulista. "Isso transcende o momento político ou sucessão presidencial. É uma coisa à parte e apenas não significa qualquer apoio político", acrescentou, após participar da assinatura de um convênio entre a Fundação Roberto Marinho e o Sebrae. Ao insistir que a Fiesp é apartidária e não apóia candidatos, Skaf rejeitou a avaliação de que Alckmin seria o presidenciável preferido dos empresários. "Ele é o candidato do PSDB", rebateu. Skaf foi eleito para presidir a Fiesp em agosto de 2004. Na ocasião, as informações que corriam nos meios políticos e empresariais davam conta que a candidatura dele era a preferida pelo governo petista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto a de seu adversário direto, Cláudio Vaz, eleito presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), era apoiada por setores do PSDB. Irritação Ao ser lembrado desse cenário passado e, mais importante, se esse seria um fator a pesar em eventual apoio da Fiesp a uma candidatura, Skaf ficou irritado. Disse que "inúmeras vezes" deixou claro que não tinha nenhuma filiação partidária e que apenas manteve bom relacionamento político, tanto com o PSDB, como com o PT e com o PL. "Esse relacionamento com todos os partidos, com todos os poderes, faz parte e até deveria ser pré-requisito daquele candidato que almejava ser presidente da Fiesp. Agora, o que falaram e o que disseram, isso é secundário", afirmou. Segundo ele, a Fiesp apoiará o candidato presidencial que estabelecer o crescimento econômico como prioridade. E adiantou que a entidade representativa da indústria apresentará aos candidatos uma carta com princípios e conceitos. "Aquele candidato que mais se identificar com aqueles princípios, onde priorize verdadeiramente o crescimento do Brasil, sem dúvida será o candidato da nossa maior simpatia", acrescentou.
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