Filha de Temer cita ‘modelo de sociedade’ após pai ser chamado de ‘golpista’ e reafirma voto em Lula

Para Luciana Temer, o modelo de país que defende ‘não é possível’ com ‘um governante que desrespeita as instituições’

PUBLICIDADE

Foto do author Rubens Anater
Atualização:

A filha do ex-presidente Michel Temer (MDB), Luciana Temer, voltou a afirmar voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência neste sábado, 29, depois de o petista chamar seu pai de “golpista” durante o debate da Rede Globo. Militante de direitos humanos e advogada, Luciana disse que defende um “modelo de sociedade” que, segundo ela, não é possível em um governo de Jair Bolsonaro (PL).

“Eu não defendo um homem, defendo um modelo de país, defendo um modelo de sociedade que não é possível, definitivamente, com um governante que desrespeita as instituições, que é favorável a crianças não frequentarem a escola, que é favorável ao armamento das pessoas e que tem falas e atitudes machistas, racistas e homofóbicas”, disse ela em vídeo publicado no Instagram.

PUBLICIDADE

Na legenda, ela alegou que muita gente perguntou se ela manteria o voto em Lula, “apesar dos ataques descabidos que o PT faz contra ele”. “Não é definitivamente este país que quero deixar para os meus filhos e meus netos, aliás, não é um país que eu quero para mim. Por isso, eu voto 13″, declarou.

Durante o debate desta sexta-feira, 28, na Rede Globo, o candidato petista disse que Bolsonaro “recebeu o governo de um golpista chamado Michel Temer”, indicando que o ex-presidente teria tomado o lugar de Dilma Roussef (PT). Lula ainda acusou Bolsonaro de apoiar o suposto golpe e mencionou o discurso do rival na ocasião do voto pelo impeachment, no qual o então deputado federal homenageou o torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-Codi, órgão de repressão da ditadura.

Em entrevista ao jornal O Globo, Michel Temer chamou Lula de “descompensado” pela declaração. “Estou recebendo muitas mensagens aqui de gente que dizia que iria votar nele e não vai mais votar por causa disso. Muita gente do MDB está me mandando mensagem dizendo isso. Mas, coitado, não posso culpar ele. Às vezes, a pessoa está em um debate e diz coisas assim”, disse o ex-presidente.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.