Gabriel Monteiro, preso por estupro, é transferido para o presídio de Benfica, no Rio

Ex-vereador do PL de Bolsonaro, cassado por quebra de decoro, nega as acusações de mulher que alega ter sido agredida e obrigada a fazer sexo sob ameaças de espancamento

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Por Redação
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RIO - O ex-vereador e ex-policial militar Gabriel Monteiro, preso preventivamente nesta segunda-feira, 7, em processo por estupro, foi transferido na manhã desta terça, 8, para o Presídio José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio, considerado a entrada no sistema penitenciário fluminense. O ex-parlamentar teve a prisão decretada pelo juiz Rudi Baldi Loewenkron, da 34ª Vara Criminal do Rio, e se apresentou à 77ª DP (Icaraí), em Niterói, onde ficou detido até a transferência. Monteiro - que responde a outras acusações semelhantes - nega ter cometido o crime e não tem nenhuma condenação anterior.

Gabriel Monteiro foi acusado por uma mulher de 23 anos. Ela disse à Polícia Civil que, em 15 de julho, conheceu o político na boate Vitrinni, na Barra da Tijuca, na zona oeste carioca. De lá, segundo seu relato, eles foram para a residência de um amigo do então parlamentar, no Joá. Ela disse ter sido constrangida no local a ter relações sexuais com o ex-vereador do PL, que a teria agredido com tapas e ainda ameaçado espancá-la. Segundo a TV Globo, o ex-PM teria empunhado uma arma no rosto da mulher. Antes de se apresentar à polícia, ele se defendeu em vídeo.

Gabriel Monteiro nega a acusação de estupro e se entregou à polícia. Foto: Wilton Júnior/Estadão

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“Fiquei sabendo pela minha advogada que foi decretada a minha prisão preventiva por um crime que eu não fui escutado na delegacia. Respeito as autoridades e por isso estou vindo aqui. Não fui conduzido pela polícia. Assim que fiquei sabendo, vim imediatamente me entregar para a Justiça porque acredito nela e sei que minha inocência vai ficar comprovada. Não só tecnicamente, mas também para todo o Brasil, de forma que fique incontestável qualquer acusação contra mim”, disse Monteiro no vídeo.

Na data em que o estupro teria ocorrido, Monteiro ainda era vereador. Ele teve o mandato cassado em agosto por seus colegas na Câmara Municipal carioca. Foi acusado de quebra de decoro parlamentar, após ser denunciado por filmar e divulgar cenas de sexo com uma adolescente, assédio moral e sexual contra ex-assessores e manipulação de vídeos. Após a cassação do mandato de vereador, o ex-PM teve o registro de sua candidatura a deputado federal, pelo PL, cassada. Em setembro, acabou por renunciar a concorrer a uma cadeira na Câmara dos Deputados.

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Mesmo com a cassação, porém, o ex-vereador, que é um youtuber com mais de 20 milhões de seguidores nas redes sociais, se manteve popular no eleitorado de extrema direita no Rio. O pai de Monteiro, Roberto, e sua irmã, Giselle, foram eleitos deputado federal e deputada estadual, respectivamente, pelo PL do presidente Jair Bolsonaro.

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