BRASÍLIA – Três dias após afirmar que a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) seria a “verdadeira mudança” e que o PSB poderia “mudar a vida do povo de São Paulo”, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) chamou o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) de “companheiro”, em uma reunião com lideranças partidárias realizada nesta terça-feira, 31, na Câmara dos Deputados.
A declaração de Alckmin sobre Tabata ocorreu no último sábado, 28, e foi vista como uma sinalização de apoio à pré-candidatura da deputada à Prefeitura de São Paulo. O PT e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apoiam Boulos e devem participar da campanha do deputado à Capital.
“Ela é a novidade, ela é a mudança. Quem quer mudar? Mudar com a participação, a sensibilidade e a garra das mulheres”, afirmou. “Nós, do PSB, vamos representar a mudança, a mudança para mudar a vida da população de São Paulo. Vamos criticar sim, não criticar pessoas, respeitamos as pessoas. Mas criticar o que precisa ser melhorado”, disse. No final do discurso, o vice-presidente ainda gritou: “Tabata e São Paulo!”.
Já nesta terça, na presença de Lula, Alckmin cumprimentou os parlamentares presentes na reunião na Câmara dos Deputados por meio da deputada Benedita da Silva (PT-RJ) e de Boulos, a quem chamou de “companheiro”.
Alckmin é uma figura importante na política paulista e o apoio dele tem relevância na disputa eleitoral. Ele foi governador por quatro mandatos e, em 2014, última vez em que foi eleito para o Palácio dos Bandeirantes, ganhou o pleito em primeiro turno com mais de 12 milhões de votos no Estado e 3 milhões na Capital.
No final de agosto, a última pesquisa Datafolha mostrou que Boulos lidera as intenções de voto entre os cotados para a Prefeitura, com 32%. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) tem 24%. Tabata aparece em terceiro lugar, com 11%. O estudo ouviu 1.092 eleitores paulistanos e a margem de erro do levantamento é de 3 pontos percentuais.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.