Gilmar Mendes diz ser necessário relembrar golpe de 1964 para que ‘jamais se repita’

Postura do ministro da Suprema Corte difere da posição do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que silenciou sobre o assunto no fim de semana e nesta segunda-feira, 60 anos depois da tomada de poder pelas Forças Armadas

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Foto do author Heitor Mazzoco
Atualização:

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse em seu perfil no X (antigo Twitter) ser necessário recordar o golpe de 1964, que levou os militares ao comando do País, para que as violências cometidas não se repitam.

“A luta contra o abuso de poder é também a luta da memória contra o esquecimento. Hoje e sempre, é preciso recordar o golpe de 1º de abril de 1964 e suas gravosas consequências para o desenvolvimento institucional do Brasil. É fundamental que, ao registrarmos a passagem dessas seis décadas, rememoremos as violências e as violações cometidas, a fim de que tal estado de coisas jamais se repita. Ditadura nunca mais”, afirmou o magistrado.

Para Gilmar Mendes, ditadura deve ser lembrada para evitar situações parecidas  Foto: FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL

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Também nesta segunda-feira, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, lembrou do golpe militar. “Na vida é preciso olhar para a frente e virar a página. Mas sem arrancá-la da história”, disse, recomendando um artigo de sua autoria: “Na parte I do artigo abaixo, narro o período histórico que começa com o golpe de 1964, passa pelo AI-5, os anos de chumbo e o ocaso do regime militar, com a Constituinte”, afirmou ele.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou semanas antes da data preferir não comentar ou fazer eventos referentes aos 60 anos do golpe. Nesta A atitude do chefe do Poder Executivo federal recebeu críticas até mesmo de aliados. No domingo, 31, ao menos sete ministros do governo Lula usaram seus perfis pessoais na rede social X para repudiar a ditadura militar (1964 - 1985) e homenagear as pessoas que morreram neste período. O pensamento de Lula era deixar o registro histórico para não acirrar os ânimos entre o governo e os militares.

Pelas redes sociais oficiais do presidente Lula, por exemplo, nada foi publicado sobre o tema. Outro que também silenciou sobre o golpe militar da década de 1960 foi o ex-presidente Jair Bolsonaro.

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