BRASÍLIA – O candidato à prefeitura do Recife Gilson Machado (PL) disse que a profissão mais nobre que uma mulher pode ter é cuidar da família, dos filhos e da casa. O ex-ministro do Turismo do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sanfoneiro da banda Brucelose fez a declaração ao responder a perguntas sobre sua vida para o Joga no Google - Especial Eleições, quadro do Estadão em parceria com o Google.
“Minha mãe era doméstica, ela foi da casa, teve a profissão mais nobre que uma mulher tem, que é cuidar da sua família, cuidar dos seus filhos, cuidar da sua casa”, afirmou. O quadro traz as perguntas mais feitas pelos recifenses aos principais candidatos ao pleito municipal.
Quando pesquisam sobre Gilson, os recifenses têm interesse em saber, entre outras coisas, sobre a carreira dele de sanfoneiro, de quem ele é parente, onde ele tem pousada e em que ramos ele atua como empresário. “A música me deu tudo na vida. Já fiz mais de 3 mil apresentações pelo Brasil, mais de 30 anos de carreira”, lembrou. Ele contou também que o avô dele foi deputado federal constituinte e o pai foi empresário.
Gilson define-se como “pai, cristão, preocupado com a família, fascinado pela música, disciplinado e que sabe da importância do cumprimento das leis”. Ele até hoje atua na banda Brucelose, iniciada em 1994, que já fez gravações com Zé Ramalho.
O Joga no Google - Especial Eleições aborda, neste final de semana, Recife. Na sexta-feira, 6, participou o prefeito de Recife, João Campos (PSB), e o ex-secretário de Turismo do governo de Pernambuco, Daniel Coelho (PSD), participou no sábado, 7.
Veja a entrevista de Gilson Machado:
Gilson Machado foi sanfoneiro de que banda?
Eu fui não, eu sou sanfoneiro da banda Brucelose, Forró da Brucelose. Nós começamos em 1994. Eu sou da época do LP ainda. E nós já temos mais de 25 trabalhos autorais. Eu sou compositor também e já participei de palco com grandes nomes nacionais, inclusive com gravações, como Dominguinhos, já gravei Zé Ramalho. Acabou de lançar um CD novo dele agora, chamado Garimpo das Raridades, que tem eu e ele cantando a música Cavalos do Cão, de autoria dele, e grande parte dos sucessos da Brucelose, que hoje é um hino consagrado em todas as cidades do Nordeste, principalmente onde tem nordestino, fora composições nossas.
Gilson Machado é empresário de que ramo?
Eu sou empresário do setor de eventos, eu sou médico veterinário e sou empresário também do setor de hotelaria e radiodifusão.
Gilson Machado tem pousada onde?
São Miguel dos Milagres, Alagoas.
Quem é Gilson Machado?
Gilson Machado é um pai, cristão, preocupado com a família, e que sabe o valor da família e dos alicerces de pai e mãe para o futuro das gerações, não só dos nossos filhos, como da geração do nosso País, sabe da importância da ordem, do cumprimento das leis, das normas, dos horários. Eu sou uma pessoa muito disciplinada e mostrei isso quando fui ministro do Estado do Turismo e Cultura. Também sou fascinado pela música. A música me deu tudo na vida, através da minha banda Brucelose, do qual eu já fiz mais de 3 mil apresentações pelo Brasil, mais de 30 anos de carreira. Se tem um negócio que eu sou viciado é música.
Gilson Machado é parente de quem?
Eu sou parente de Gilson Machado, deputado federal constituinte, no ramo político. Sou filho de Carlos Eduardo Machado Guimarães, que é engenheiro civil, e sou filho de Maria Helena Machado Guimarães, minha mãe, e ela era doméstica, ela foi da casa, teve a profissão mais nobre que uma mulher tem, que é cuidar da sua família, cuidar dos seus filhos, cuidar da sua casa. Ela sempre cuidou da economia da casa, a gente nunca foi uma família que teve recursos. Então, todas as contas na minha casa quem fazia era minha mãe, dinheiro para ônibus, eu nunca tive motorista para ir para colégio, ia de ônibus, dinheiro para lanche de colégio, e a gente sempre via dinheiro para feira, tudo que a gente podia ver, a minha mãe foi um grande esteio na minha casa.
Uma curiosidade...
Eu sou médico veterinário. Agora, como nasceu esse amor pelos animais que eu tenho? Desde pequeno, eu sempre fui louco por passarinho. Eu era um menino levado, eu tinha mais de 30 passarinhos na gaiola em casa, sempre fui de fazenda, de sítio, e eu saía pelas ruas do Recife usando alçapão para pegar os passarinhos para botar na gaiola, criava passarinho, canário, sabiá. Aí quando foi um dia, eu estava voltando de recolher minha gaiola com seis passarinhos, tinha 11 anos de idade. Aí parou um homem do meu lado, um senhor, me lembro como se fosse hoje, no veículo, um Corcel, e perguntou: “menino, você está indo para onde?” Era uma seis horas da tarde já, e eu digo: “estou indo para casa, vou jantar com meu pai”. “É mesmo”, eu digo: “é”. “Seu pai vai jantar com você hoje?” “Vai sim, senhor”. “Será que ele vai mesmo jantar com você?” Aí eu fiquei assim: “por que o senhor está perguntando? Aconteceu alguma coisa com meu pai?” Ele disse: “com seu pai, eu não sei, mas com o pai dos passarinhos que estão esperando no ninho deles aconteceu, e eles estão aí presos com você”. Minha gente, eu nunca chorei tanto na minha vida. Nesse dia, eu soltei esse passarinho, soltei todos os passarinhos que eu tinha em casa, e passei a ver os animais com outro olhar. E, por isso, eu me formei em Medicina Veterinária. E eu sou realmente um apaixonado não apenas pela música, mas pelos animais também.
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