Gleisi diz que suspeita contra militares é ‘extremamente grave’

Presidente do PT protestou contra projeto que prevê anistia aos condenados pelos ataques golpistas do 8 de Janeiro

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Atualização:

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, classificou nesta terça-feira, 19, como “extremamente grave” a apreensão de um plano de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu vice, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na rede social X (antigo Twitter), a deputada federal também protestou contra o projeto que prevê a anistia dos condenados por envolvimento com tentativa de golpe de Estado.

Gleisi Hoffmann, deputada federal e presidente nacional do PT Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

“Hoje foram presos quatro militares e um policial que planejaram assassinar Lula, Alckmin e Moraes na trama golpista. Um caso extremamente grave”, escreveu.

Gleisi prosseguiu: “Foram reuniões conspiratórias, descrédito das urnas, desvio de dinheiro para organizar a ida de caravanas bolsonaristas para acampamentos em frente aos quartéis”.

“Lembrem que os cinco são servidores públicos, com o conhecimento técnico-militar que aprenderam através do Estado, atentando contra a democracia e a vida. Esse foi o tamanho da nossa vitória em 2022. Sem anistia”, disse, em referência a possibilidade de anistia aos envolvidos nos ataques golpistas aos prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.

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Operação Contragolpe

Na manhã desta terça-feira, a Polícia Federal prendeu quatro militares e um policial na Operação Contragolpe, por planejarem um golpe de Estado que previa o assassinato de Lula, Alckmin e Moraes. O plano golpista, chamado “Punhal Verde e Amarelo”, se referia ao petista como “Jeca”. O presidente seria morto por envenenamento, previam os militares. Eles pretendiam eliminar Moraes por meio da explosão de uma bomba.

Cinco ordens de prisão foram emitidas, acompanhadas por três autorizações para busca e apreensão, além de 15 medidas restritivas alternativas à prisão. Entre as medidas, estão o veto à comunicação com outros envolvidos, a proibição de deixar o País (com a necessidade de entregar os passaportes em até 24 horas) e o afastamento de funções públicas.

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