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Governador do MT diz que Lula deveria defender anistia para condenados pelo 8 de Janeiro

Mauro Mendes afirma que as penas para os envolvidos no ato foram exageradas e que se o presidente conceder anistia estaria cumprindo as promessas de governar sem olhar para o passado e sem rancor

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Foto do author Jean Araújo

O governador do Mato Grosso (MT), Mauro Mendes (União Brasil), disse nesta terça, 11, que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deveria defender a anistia dos condenados pela invasão e depredação às sedes dos Três Poderes em Brasília no ato de 8 de janeiro.

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Durante entrevista concedida ao site Poder360, ao ser questionado se Lula precisaria ser a favor da anistia, ele diz que sim e usou o argumento de que é necessário que o País pare de brigar entre lados políticos. “Acho que nós temos que pacificar o Brasil. Temos que sair dessa agenda: briga de A com B, de B com C”, explica.

Segundo ele, Lula precisaria ser a pessoa que encerra a questão, dando o exemplo, na prática, de que as diferenças foram superadas. “Lula deveria ser o primeiro cara a levantar essa bandeira. Vamos botar um ponto final [no 8 de Janeiro], declara.

À esquerda, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT); à direita, o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (União) Foto: Ricardo Stuckert/PR

Para ele, o posicionamento favorável do chefe de Estado seria uma “grande demonstração” daquilo prometido ao assumir o comando da Nação, “que iria governar sem olhar para o passado”, sem rancor e sem mágoa.

Mendes relata ter a convicção de que a grande maioria dos presentes no ato é formada por pessoas “de bem” e que, se no ocorrido houvesse infiltrados mal intencionados, seja de direita ou de esquerda, a invasão e a depredação dos órgãos públicos ainda é considerada errada.

“Se eu sou contra invadir uma propriedade rural, porque eu iria ser a favor de invadir o Congresso Nacional? Se está errado invadir o Congresso Nacional, está errado invadir uma propriedade privada”. O governador do MT fala que as ações vistas naquele dia foram formas erradas de externalizar revolta e indignação. Entretanto, para ele, as dosimetrias das condenações foram incorretas.

“O cara vai lá e mata um monte de gente, como tem bandido matando cidadão de bem, é condenado a 12 anos. O cara lá invadiu, é condenado a 18 anos. O tratamento dado àquelas pessoas não é dado a nenhum desses bandidos que são traficantes, que são assassinos, que estão causando grande mal à sociedade brasileira”afirma.

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