Governador do DF afirma que mais de 400 pessoas foram presas por atos de vandalismo em Brasilia

Segundo Ibaneis Rocha, o governo continuará trabalhando para identificar quem participou dos ataques às sedes dos Três Poderes

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Por Redação
Atualização:

BRASÍLIA - o governador do DF, Ibaneis Rocha, afirmou que mais de 400 pessoas já foram presas pelos atos de vandalismo em Brasília neste domingo, 08.

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“Venho informar que mais de 400 pessoas já foram presas e pagarão pelos crimes cometidos. Continuamos trabalhando para identificar todas as outras que participaram desses atos terroristas na tarde de hoje no Distrito Federal. Seguimos trabalhando para que a ordem se restabeleça.”

Segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino, 200 pessoas foram presas em flagrante por participar dos atos de invasão e depredação. ”Faço questão de reiterar que as pessoas que participaram destes eventos, que neste momento ainda estão em flagrante, estejam onde estiverem, serão presas. Se estarão na frente, perto ou ao lado do quartel, pouco importa porque, tecnicamente, estão em flagrante”, disse Dino em coletiva de imprensa na noite deste domingo.

Segundo ele, as pessoas que participaram dos atos “terroristas”, conforme classifica, ainda estão em flagrante porque “acabaram de cometer crimes”. De acordo com Dino, a partir de amanhã, as pessoas que estão em outros Estados, financiaram, instigaram ou celebraram os atos radicais não estarão mais em flagrante. Contudo, as medidas judiciais também serão aplicáveis. ”Os que incitaram ataques que não estão em flagrante, serão todos identificados, um a um”, garantiu o ministro, citando os ônibus que vieram para Brasília, desde o local de partida, lista de passageiros, até financiadores. “Quem financia crime, criminoso é”, disse.

Mais cedo, Ibaneis reconheceu que houve falhas e pediu desculpas pela invasão às sedes dos Três Poderes, o que chamou de “inaceitável”. De acordo com ele, o governo do DF monitorava os movimentos de bolsonaristas junto do Ministério da Justiça desde sábado, 8) mas que não acreditava que as manifestações tomariam essas proporções.

O Estadão mostrou no sábado, no entanto, que relatórios de inteligência em poder do governo federal indicavam que 100 ônibus com 3.900 pessoas chegariam em Brasília com disposição de retomar protestos de rua contra a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Convocados pelas redes sociais, os extremistas falavam em um ato na capital federal neste domingo.

Ao decretar intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, Lula ressaltou que quem tem que fazer a segurança do Distrito Federal é a Polícia Militar do Distrito Federal, mas não o fez. “Houve, eu diria, incompetência, má vontade ou má fé das pessoas que cuidam da segurança pública do DF”, afirmou Lula.

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Ele citou as imagens que mostram os policiais “guiando as pessoas na caminhada até a Praça dos Três Poderes” e disse que os policiais que “participaram disso não poderão ficar impunes e não poderão participar da corporação porque não são de confiança da sociedade brasileira”.

O presidente ainda criticou a atuação do então secretário de Segurança Público do Distrito Federal, Anderson Torres, que foi ministro da Justiça de Jair Bolsonaro: “Todo mundo sabe a fama dele de ser conivente com as manifestações. Então, a intervenção vai cuidar disso”.

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