BRASÍLIA - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ampliou a lista de militares dispensados das funções de segurança da Presidência da República. Diário Oficial desta quarta,18, publica, a exoneração de 14 integrantes das Forças Armadas que estavam atuando no Gabinete de Segurança Institucional. O GSI é responsável pela segurança do presidente e vice-presidente e também do Palácio do Planalto e das residências oficiais.
Na última terça-feira, 17, outros 56 militares já tinham sido dispensados, sendo que 45 cuidavam da segurança do Palácio da Alvorada e da Granja do Torto. Nesta quarta, também foi exonerado tenente-coronel da Aeronáutica Max Steinert, que ocupava a função de assessor militar na Secretaria Geral da Presidência. Além dele outros 13 militares das três Forças foram dispensados de atuar no GSI.
O afastamento desses militares ocorre num contexto de “perda de confiança” em parte dos militares assumida publicamente pelo presidente Lula. “Eu perdi a confiança, simplesmente. Na hora que eu recuperar a confiança, eu volto à normalidade”, admitiu Lula ao Estadão, quando questionado sobre se se sentia ameaçado. Até o fim desta semana, Lula terá encontro com os comandantes das Três Forças. Na conversa deverá falar dos atos de vandalismo ocorridos no dia 8 de janeiro em Brasília e voltar a insistir que as Forças Armadas não devem ser partidarizadas, como ocorreu na gestão de Jair Bolsonaro.
Na terça, 17, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que as exonerações atingiram cargos de “extrema confiança” e avisou que outras demissões estão por vir. Segundo ele, a maior parte ocorrerá a partir do dia 23 de janeiro. “O grosso das nomeações e exonerações será feito a partir do dia 23 até fim do mês. Tem muita gente para sair e entrar”, disse Costa. “O governo que saiu tem pouca ou nenhuma sintonia com o que entrou, o pensamento em todas as áreas é muito diferente, portanto não poderíamos conviver com os mesmos assessores. Alguém achava que íamos manter os assessores do governo anterior? Não é razoável que fosse assim. O regime de governo mudou. Se mudou a filosofia, mudou o conteúdo, então tem que mudar quem está implementando isso.”
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