Governo Tarcísio lançará no próximo dia 27 o concurso arquitetônico para novo centro administrativo

Transferência da administração paulista para o bairro Campos Elíseos é aposta do governador para ajudar na revitalização da região que abriga a Cracolândia; edital da obra deve ser lançado em 2025

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Foto do author Pedro Augusto Figueiredo
Atualização:

O governo de São Paulo lançará no próximo dia 27 de março o concurso para que arquitetos apresentem propostas para o novo centro administrativo a ser construído no bairro Campos Elíseos, região central da capital paulista onde está localizada a Cracolândia. A gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) apresentará as diretrizes básicas do projeto que devem ser seguidas pelos profissionais. O concurso é uma parceria com o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB).

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O governador quer transferir as secretarias, autarquias e empresas públicas para um conjunto de prédios entre a Praça Princesa Isabel e o Palácio dos Campos Elíseos. As exceções são o gabinete do chefe do Executivo e a residência oficial, que conforme Tarcísio afirmou ao Estadão em janeiro, continuarão no Palácio dos Bandeirantes.

A previsão é que a parceria público-privada custe R$ 4 bilhões e que o edital seja lançado em 2025. A estimativa é que serão necessários quatro anos para concluir a obra. A transição dos servidores para o novo local de trabalho será gradual.

A aposta do governador é que a mudança ajudará na revitalização do Centro e na melhoria da sensação de segurança na região. Outros benefícios seriam ganhos de eficiência no serviço público e economia de despesas. O argumento é que a proximidade física melhorará a integração entre os órgãos estaduais, diminuindo o tempo de deslocamento e facilitando a realização de reuniões conjuntas.

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Governador considera que obra será "grande legado" que sua gestão deixará para a capital Foto: Francisco Cepeda/Governo de São Paulo

Atualmente, a administração paulista ocupa cerca de 60 imóveis com área total de 807 mil m², quase o triplo dos 280 mil m² que a atual gestão consideram necessários. O plano é vender os prédios que serão desocupados.

“Trata-se de promover o investimento e a circulação de pessoas no centro. É uma forma de atuar na sua revitalização. A revitalização ajuda na segurança. É uma reação em cadeia, uma espiral positiva”, disse Tarcísio no início do ano.

Além dos órgãos da administração, o projeto do governo prevê espaços para restaurantes, lojas e outros serviços. A projeção é atrair R$ 500 milhões em investimentos para a construção de moradias de médio padrão e de interesse social nas proximidades do novo centro administrativo.

A região escolhida para o empreendimento já abrigou o governo paulista. O Palácio dos Campos Elíseos foi a sede do governo de São Paulo entre 1935 e 1965, quando o governo se mudou para o Palácio dos Bandeirantes, prédio no bairro Morumbi que ocupa até os dias atuais.

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A sede atual foi construída em 1955 para abrigar a Universidade Fundação Conde Francisco Matarazzo. Contudo, as obras foram interrompidas antes da conclusão e assumidas pelo governo do Estado, que acabou ficando com o prédio. Além do gabinete do governador, há cinco pastas alocadas no Bandeirantes atualmente: Casa Civil; Casa Militar e Defesa Civil; Comunicação; Gestão e Governo Digital; Governo e Relações Institucionais. As demais 23 secretarias têm endereços em bairros diversos da capital.