Grupos pró-Bolsonaro interditam ao menos 14 rodovias federais e estaduais em SP

Manifestações fazem bloqueios parciais ou totais, intensificando trânsito em determinadas regiões paulistas

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Manifestantes pró-Bolsonaro interditam parcial ou completamente diversas rodovias federais e estaduais em São Paulo nesta segunda-feira, 31. Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) contestam o resultado das eleições que concederam vitória ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No total, o tráfego de ao menos 14 estradas foi prejudicado pelas manifestações.

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Dados da Polícia Rodoviária Federal de São Paulo (PRF-SP) mostram que até as 18h15 sete estradas estavam em bloqueio total, com tráfego impedido por pneus, tratores, caminhões ou outras iniciativas dos manifestantes. Segundo notificações emitidas pelo perfil oficial do Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo (DER-SP) no Twitter, também aconteceram ao menos sete interdições parciais ou totais nas rodovias estaduais de São Paulo.

Passageiros de ônibus que saíram sentido São Paulo ou saíram da capital paulista rumo a outras regiões antes das interdições enfrentam horas de paralisação. Com poucas informações de quando o trânsito deve ser normalizado, relatam na internet preocupação com saúde e mantimentos. “Tem ambulância tentando ajudar criança passando mal de fome. Tem gente saindo na pista tentando pedir carona. Tem gente dizendo que vai durar até quarta-feira”, relata uma internauta no Twitter.

Alguns passageiros não conseguiram embarcar para determinadas regiões. Empresas de ônibus que fazem a rota São Paulo-Rio de Janeiro cancelaram hoje à tarde todas as saídas até que a situação fosse normalizada na rodovia Presidente Dutra — trecho da BR-116. O grupo JCA Holding, das Viações Cometa, 1001, Catarinense e Expresso do Sul, informou que algumas de suas rotas nas regiões Sul e Sudeste do país poderiam sofrer atrasos e possíveis cancelamentos devido às manifestações. “A empresa informa que está dando o suporte possível para os veículos que estão parados nos bloqueios e que os passageiros com bilhetes para a data de hoje, 31/10, podem remarcar suas viagens nas rodoviárias”, afirmou por meio de nota.

Trechos interditados nas rodovias federais em São Paulo

Na BR-116, nos trechos próximos a Pindamonhangaba, a situação começou a ser controlada por volta das 19:40 horas, liberando fluxo nas pistas norte e sul pela faixa da esquerda, sem retenção nos dois sentidos. O trecho de Juquitiba, próximo ao Embu das Artes, foi totalmente liberado pela polícia rodoviária após manifestantes interromperem o tráfego ateando fogo em pneus.

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Uma interdição no Trevo de Lupércio da BR-153, próximo a Ocauçu, também ateou fogo em pneus. Às 19:24 horas, a PRF ainda tentava negociar liberação da via. No trecho da BR-153 próximo a São José do Rio Preto, cerca de 80 pessoas interditaram ambos os sentidos, permitindo apenas veículos perecíveis de urgência e emergência. O bloqueio não envolveu incêndio, mas até às 19:20 horas permanecia no mesmo estado e com aumento no número de manifestantes.

Na BR-610, o acesso à Avenida Monteiro Lobato, em Guarulhos, também foi parcialmente interditado, com a presença de aproximadamente 50 manifestantes.

Trechos interditados nas rodovias estaduais em São Paulo

Em Osasco, no sentido São Paulo, manifestantes interferiram parcialmente no trânsito da rodovia Raposo Tavares (SP-070), permitindo tráfego apenas de carros de passeio e bicicletas.

A rodovia Feliciano Tavares da Cunha (SP-310) foi completamente bloqueada por queima de pneus na altura de Monte Aprazível. O mesmo aconteceu nas rodovias: Brigadeiro Eduardo Gomes (SP-457), em Bastos; Engenheiro Lauri Simões de Barros (SP-189), em Buri; Euclides da Cunha (SP-320), em Votuporanga; Assis Chateaubriand (SP-425), em Parapuã; Cândido Portinari (SP-334), em Rifaina.

O Estadão entrou em contato com o departamento de Polícia Rodoviária Estadual de São Paulo, coordenado pela Polícia Militar estadual, para confirmação dos dados obtidos e informações sobre os procedimentos tomados para controlar e normalizar o tráfego. Até o momento da publicação, a reportagem não recebeu retorno.

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