Ibaneis é reeleito governador do DF; Damares é eleita senadora

Ibaneis teve 50,2% dos votos válidos; Damares derrota outra ex-ministra Bolsonaro, Flávia Arruda

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Foto do author Lauriberto Pompeu
Atualização:

BRASÍLIA - O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), foi reeleito no primeiro turno com 50,2% dos votos válidos. Foram derrotados Leandro Grass (PV), Paulo Octávio (PSD), Leila Barros (PDT), Izalci Lucas (PSDB), Keka Bagno (PSOL), Lucas Salles (DC), Coronel Melo (PTB), Robson (PSTU) e Teodoro da Cruz (PCB).

Ibaneis Rocha estreou na política em 2018, quando venceu a eleição para governador. O emedebista já foi presidente da seccional do DF da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF). Em 2022, mesmo com o seu partido lançando Simone Tebet como candidata a presidente, Ibaneis preferiu declarar apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

O governador do DF, Ibaneis Rocha, discursando durante evento eleitoral. Foto: Wilton Junior / Estadão

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Agregados da família Bolsonaro também concorreram no DF, mas não conseguiram se eleger. Eduardo Torres (PL), irmão da primeira-dama Michelle Bolsonaro, e Ana Cristina Valle (Republicanos), ex-mulher de Bolsonaro, disputaram o cargo de deputado distrital, mas não foram eleitos. Bia Kicis (PL), Alberto Fraga (PL), Erika Kokay (PT), Reginaldo Veras (PV), Ruth Venceremos (PT), Fred Linhares (Republicanos), Julio Cesar (Republicanos), Gilvan Maximo (Republicanos) foram eleitos deputados federais.

A coligação do governador candidato à reeleição conta com PL, PP, Solidariedade, PROS, Agir e Avante. Ao disputar mais quatro anos à frente do Palácio do Buriti, Ibaneis resolveu trocar o atual vice, Paco Brito (Avante), para ter como colega de chapa neste ano a deputada federal Celina Leão (PP).

Ex-ministra do governo Bolsonaro, Damares Alves se elege senadora pelo DF Foto: Reuters

A chapa do governador contou com Flávia Arruda (PL), deputada e ex-ministra da Secretaria de Governo, como candidata ao Senado. Ela foi derrotada na eleição. Flávia obteve 26,98%% dos votos válidos e ficou em segundo lugar, perdendo para Damares Alves (Republicanos), que foi eleita senadora com 45% e foi ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos.

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A construção da chapa de Ibaneis passou por reviravoltas até ser definida. Em julho, o governador chegou a apresentar Damares como sua candidata ao Senado. Isso aconteceu porque José Roberto Arruda, ex-governador do DF e marido de Flávia, ameaçava concorrer contra o emedebista na eleição para governador.

Após uma reunião no Palácio do Planalto entre Ibaneis, José Roberto Arruda e Bolsonaro, o ex-governador do PL desistiu de tentar o governo e decidiu ser candidato a deputado federal, o que fez com que a ex-ministra da Segov tivesse lugar garantido na chapa de Ibaneis como candidata a senadora. Mesmo com o acordo, o marido de Flávia não conseguiu ser candidato a deputado porque o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barrou sua candidatura.

Arruda já foi preso e havia sido condenado a dois anos e 11 meses de reclusão por crime de falsidade. Ele foi filmado guardando maços de dinheiro vivo. Quando a gravação veio a público, na investigação da Operação Caixa de Pandora, Arruda disse que a verba era para comprar panetones para famílias carentes.

Por conta desse acordo foi proposto a Damares que ela disputasse uma vaga na Câmara dos Deputados, o que ela não aceitou. A candidata do Republicanos resolveu ser candidata ao senado de forma avulsa, ou seja, sem estar ligada a nenhum candidato a senador.

Em uma campanha focada no público evangélico, que é um setor forte no Distrito Federal, e colada na primeira-dama Michelle Bolsonaro, a ex-ministra começou atrás de Flávia nas pesquisas, mas depois cresceu e conseguiu vencer a eleição.

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Diante da possibilidade de Damares ganhar a vaga no Senado, parte da esquerda do DF desistiu da candidata do PT, Rosilene Correa, e optou por um voto útil em Flávia Arruda. Mesmo assim, Damares ganhou a eleição.

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