Instituições e povo derrotaram atentado contra vida de autoridades e tentativa de golpe, diz Padilha

Em evento com chineses, Padilha afirmou ainda que Bolsonaro praticamente destruiu as relações do Brasil com país asiático

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Foto do author Felipe Frazão
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta quarta-feira, dia 20, que golpes e atos contra a vida de autoridades da República foram derrotados pelas instituições brasileiras e pelo povo brasileiro.

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Ele se referia à descoberta pela Polícia Federal de um plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, cuja autoria e participação é atribuída pelos investigados a militares do entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro. A PF associa o plano à tentativa de um golpe para impedir a posse de Lula.

Padilha participou de um evento promovido pelo Grupo de Mídia da China (China Media Group -CMG), paralelo à visita de Estado do presidente chinês, Xi Jinping. Além dele, estava presente o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.

Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, lembrou revelações da PF durante evento com chineses Foto: Wilton Júnior/Estadão

“Essa semana nós vimos mais uma vez que todas as tentativas de atos criminosos, inclusive de golpes, que afetariam a vida desse senhor que está ao seu lado, nosso vice-presidente da República, também foram derrotados pelas instituições brasileiras, pelo povo brasileiro, pela nossa comunidade”, disse o ministro da SRI.

O responsável pela articulação política do governo foi aplaudido. Além deles, compareceram ao evento o ministro da Comunicação Social, Paulo Pimenta, e a ministra da Cultura, Margareth Menezes.

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O evento foi organizado pela CMG e pela EBC - Empresa Brasil de Comunicação, que assinaram um acordo para troca de conteúdo em TV, rádio e meios impressos e digitais. Também serviu para promover acordos de colaboração em produção cinematográfica, educação midiática e lançamento de uma série documental que promove o presidente chinês - o programa em português Clássicos Citados Por Xi Jinping.

Sinofobia

No mesmo discurso, Padilha fez elogios à comunidade chinesa e disse que agora o País voltou a ter uma visão de priorizar o multilateralismo, em vez de ofender o povo chinês. Ele acusou Bolsonaro de promover o ódio contra chineses, a chamada “sinofobia”.

“Infelizmente num período recente no nosso país, nós vivemos a situação de um presidente da República, um governo anterior que promovia xenofobia contra a China no País”, afirmou o ministro, à época deputado federal pelo PT de São Paulo.

Padilha afirmou ainda que Bolsonaro praticamente destruiu as relações do Brasil com a China, em diversas frentes de relacionamento. Os laços agora estão sendo reconstruídos e que o governo atual aposta “numa política externa que valorize a multiculturalidade”.

“Nós tivemos que enfrentar no Congresso Nacional posturas, discursos, atitudes absolutamente xenófobas do ex-presidente da República que sabemos que interferiu profundamente nos nossos laços de cooperação econômica, cultural, social, acadêmica, política, que nós nunca mais deveríamos ter destruído, como quase foram destruídos no período anterior”, afirmou o ministro. “Graças a Deus, graças ao povo brasileiro, graças à luta do povo brasileiro, graças também à solidariedade da comunidade internacional, essa visão xenófoba foi derrotada nas eleições em 2022.”

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