O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sacramentou seu apoio à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB) neste sábado, 3, durante convenção do MDB. Em cima do palco, em posição de destaque, Bolsonaro defendeu Nunes como seu nome para a capital paulista e disse que o prefeito paulistano, que assumiu a gestão após a morte de Bruno Covas (PSDB), já provou suas qualidades durante o mandato.
“A todos vocês de São Paulo, o momento não é para pedir, pedir vai ser daqui a alguns dias, mas confiem na gente, façam as comparações, vejam o que tem para frente para escolher, não há menor dúvida que o Ricardo Nunes é nome adequado e justo para São Paulo. Vocês com toda certeza terão uma administração aperfeiçoada e obviamente melhorada com ele à frente da Prefeitura.”
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Bolsonaro defendeu não mudar aquilo que está “dando certo” e fez ataques ao candidato do PSOL, Guilherme Boulos, sem citá-lo nominalmente.
“Eu peço a vocês: o que está dando certo, não mude. Daqui para frente, vamos acreditar, vamos valorar, aquele que realmente tem demonstrado que está dando certo. Não podemos pensar aqui que um dia assuma a prefeitura alguém que nunca trabalhou na vida. Alguém que quando foi às ruas foi para invadir a propriedade alheia”, disse o ex-presidente.
Ele ainda continuou: “Alguém que quando falava pouco por aí, é para se aliar ao PT, é para liberar maconha, é para liberar o aborto, é para perverter nossas crianças em sala de aula com ideologia de gênero. Isso não dá certo. O nosso maior patrimônio é a nossa família, são os nossos filhos.”
Ao defender a escolha do vice, o ex-comandante da Rota Ricardo Mello Araújo, Bolsonaro citou a gestão do coronel à frente da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp): “Não só eliminou a corrupção como outras mazelas e entrou o mesmo (Ceagesp) com superávit”, afirmou Bolsonaro.
Bolsonaro chegou ao evento por volta das 10h, aclamado pelo narrador como o “ex mais amado do Brasil”. Por alguns momentos, a convenção assumiu um tom de comício bolsonarista, com a voz do ex-presidente ao fundo dizendo “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos” – seu slogan de campanha –, e a paródia bolsonarista de “Baile de Favela”, frequentemente tocada em eventos do ex-presidente. Por vezes, a música se alternava com o jingle de Ricardo Nunes.
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Bolsonaro também aproveitou o evento para elogiar seu ex-ministro e governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a quem chamou de “tocador de obras”. Sem mencionar Lula, Bolsonaro afirmou que a crise econômica do País só não está pior graças à gestão paulista e que Tarcísio está ajudando o Brasil a superar a crise moral que se instalou.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, subiu ao palco antes do início oficial da convenção, mas deixou o local após a chegada de Bolsonaro. Ambos estão proibidos de falar devido a uma decisão judicial.
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