Advogado do PDT diz que Bolsonaro tem ‘obsessão golpista’ em julgamento do TSE; assista à íntegra

Sessão foi interrompida depois da manifestação do Ministério Público e será retomada na próxima terça, 27

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Foto do author Isabella Alonso Panho
Atualização:

Durante o julgamento que pode tornar o Jair Bolsonaro (PL) inelegível, o advogado do PDT, Walber de Moura Agra, disse que o ex-presidente tem uma “obsessão golpista”. A sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), iniciada na manhã desta quinta-feira, 22, foi encerrada depois das sustentações orais das partes e da manifestação da Procuradoria-Geral Eleitoral.

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A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) em julgamento no TSE trata da reunião que Bolsonaro fez com cerca de 70 embaixadores em junho de 2022. Na ocasião, ele atacou o sistema eleitoral brasileiro, alegando que possui várias fragilidades.

O PDT acusa o ex-presidente de ter feito uso eleitoral do momento, tendo em vista a proximidade das eleições, nas quais Bolsonaro foi candidato à reeleição. Acrescenta ainda que a desconfiança sobre a segurança das urnas eletrônicas foi mote comum à campanha dele. “Diante desse flerte, diante dessa obsessão golpista, se preferiu, entre a civilização e a barbárie, escolher, obviamente, a civilização”, disse Agra durante a sustentação oral da acusação.

Representante do Ministério Público Eleitoral, Paulo Gonet Branco, reiterou as alegações apresentadas no processo e pediu que Bolsonaro seja tornado inelegível pela Corte. Ele foi contundente em afirmar que o ex-presidente usou a reunião com os embaixadores como palanque político. “A conclusão a que os autos conduzem é de que o evento, não obstante a sua primeira aparência, foi deformado em manobra eleitoreira.”

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‘Esquenta eleitoral’

O advogado Tarcísio Vieira de Carvalho, que defende Bolsonaro e Braga Netto, que também é réu na ação, acusa o PDT de semelhante manobra. Ele disse que a ação foi proposta com o objetivo de ser um “esquenta eleitoral” para alavancar a candidatura da sigla. “O que se deu, na espécie, foi o uso indevido da Justiça Eleitoral, como forma plataforma política de propaganda antecipada, de acesso artificial à mídia”, arguiu o advogado.

A sessão de julgamento do TSE será retomada na próxima terça-feira, 27. A próxima etapa será a leitura dos votos do relator e dos demais ministros da Corte.

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