BRASÍLIA - Jair Renan Bolsonaro (PL) virou réu na Justiça e vai responder a ação penal pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro.
O filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é acusado de usar uma declaração de faturamento falsa da empresa RB Eventos e Mídia para conseguir empréstimos bancários ao longo dos anos de 2022 e de 2023. Jair Renan ainda deu calote no banco.
Procurada, a defesa de Jair Renan, feita pelo advogado Admar Gonzaga, informou, em um primeiro momento, que não faz comentários em “questões penais ou politicamente sensíveis.” Em seguida, alegou que Jair Renan foi “vítima de um golpe montado por pessoa, que apenas depois se soube ser conhecida pela polícia e pela Justiça”. “Tudo ficará esclarecido no curso do processo, no qual a defesa poderá apresentar provas e fundamentos para o total esclarecimento do golpe contra ele aplicado”, acrescentou Gonzaga.
A denúncia foi feita pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), conforme mostrou o Estadão há uma semana, e, agora, recebida pela 5ª Vara Criminal de Brasília.
A investigação da Polícia Civil apontou para a existência de uma associação criminosa cuja estratégia para obter indevida vantagem econômica conta com o uso de um “laranja” para se ocultar o verdadeiro proprietário das empresas de fachada.
Além de Jair Renan, o instrutor de tiros Maciel Alves de Carvalho também responde pelos crimes.
Inicialmente, a empresa conseguiu um empréstimo de R$ 157 mil com os documentos supostamente falsos. Depois, em 2023, obteve novos empréstimos de R$ 251 mil e R$ 291 mil.
Em dezembro do ano passado, o banco Santander entrou com uma ação de cobrança na Justiça do Distrito Federal contra Jair Renan, Maciel Carvalho e a RB Eventos e Mídia no valor de R$ 360 mil, referente a esses empréstimos que não foram quitados.
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