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Janones diz que usará estratégias de 2022 contra Marçal se o candidato for para o 2º turno

Deputado do Avante de Minas atuou na campanha presidencial de Lula fazendo o “serviço sujo” para o petista nas redes; antes, ele e o ex-coach chegaram a gravar vídeo juntos

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Foto do author Vinícius Novais
Atualização:

O deputado federal André Janones (Avante-MG) publicou em suas redes sociais que está disposto a fazer “um movimento de rede semelhante ao que fizemos para eleger o presidente Lula” caso Pablo Marçal (PRTB), candidato à prefeitura de São Paulo, vá ao segundo turno.

Janones também chamou o ex-coach de assaltante de bancos e de “Pablinho PCC”, em referências às denúncias feitas pelo Estadão sobre as acusações de envolvimento de integrantes do partido de Marçal com a facção. O candidato do PRTB não se manifestou sobre o post do deputado.

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Com forte presença nas redes, o deputado do Avante mineiro se engajou na campanha de Lula em 2022, depois de desistir da sua pré-candidatura à Presidência.

A atuação de Janones foi polêmica pelo uso de estratégias geralmente atribuídas ao chamado “gabinete do ódio” do bolsonarismo, numa espécie de “serviço sujo” em favor do petismo nas redes sociais. Durante a campanha de 2022, por exemplo, fez filmagens irritando adversários nos bastidores de um debate e quase “saiu na mão” com Ricardo Salles, hoje deputado federal pelo Novo.

Na época, Janones foi comparado a Carlos Bolsonaro, que comandava as redes sociais do pai, Jair, e ao ex-deputado estadual Arthur do Val, o Mamãe Falei, que ficou famoso por provocar participantes de manifestações.

Em 2022, em entrevista ao Estadão, o professor Marco Aurélio Ruediger, diretor da Escola de Comunicação, Mídia e Informação da Fundação Getúlio Vargas (FGV), afirmou que Janones “usa um modus operandi da direita, mas tematicamente não vai tão longe na distorção dos fatos. Ele consegue ser um pouco mais crível, no geral, mas usando de forma espetaculosa a apresentação e disseminação da informação”.

“A narrativa que ele usa tem um potencial de engajamento muito superior ao que a esquerda vinha fazendo até agora. Ele agregou valor à esquerda nas redes sociais no sentido de furar a bolha e consegue dialogar com outros setores”, acrescentou Ruediger na entrevista.

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Durante o segundo turno da última eleição presidencial, Janones e Marçal se viram de lados opostos, já que o empresário participou da campanha de Jair Bolsonaro também atuando nas redes sociais.

Antes disso, porém, o ex-coach e o deputado mineiro apareceram juntos em um vídeo dizendo que os políticos precisavam “se unir pelo Brasil”.

O ex-presidente Lula (PT) com o deputado federal André Janones (Avante-MG), um de seus mais ativos cabos eleitorais na internet. Foto: Marcelo Chello/Estadão
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