O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse ao Estadão/Broadcast neste sábado, 1º, que conversará com o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) sobre um eventual convite para o parlamentar de Minas Gerais assumir um ministério no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva depois de deixar a presidência da Casa Alta.
Wagner disse ter conversado com Pacheco sobre o assunto na noite desta sexta-feira, 31, em jantar na casa do senador Weverton Rocha (PDT-MA).

“Fiquei de conversar com ele na próxima semana. Quero ouvi-lo sobre se ele tem vontade ou não (de assumir um ministério), onde gostaria de atuar. Ainda não está claro isso”, disse Wagner.
O petista disse acreditar que Pacheco tirará de 10 a 15 dias de descanso após deixar a presidência do Senado neste sábado, 1º. Depois disso, Wagner afirmou que pretende atuar como um intermediário entre Pacheco e Lula para definir um eventual ministério da reforma que o chefe do Executivo planeja.
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Como mostrou o Estadão/Broadcast, Pacheco indicou a aliados que aceitaria os ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços ou o da Justiça e Segurança Pública. Outras pastas, como a de Minas e Energia e Ciência e Tecnologia, não interessam ao senador.
Questionado sobre um eventual convite ao deputado Arthur Lira (PP-AL) Wagner declarou que espera que, caso isso aconteça, signifique uma entrada do PP na base de apoio ao governo.
Mais cedo, em entrevista coletiva, ao ser perguntado se a reforma ministerial vai ajudar o trabalho como líder no Senado, Wagner respondeu que, “se bem feita”, sim. Do contrário, irá atrapalhar.
Wagner disse ainda que a expectativa com a possível presidência de Davi Alcolumbre (União-AP) no Senado é a “melhor possível”. O senador é favorito na disputa pela Cada e, na avaliação do petista, o governo não deve ter problemas com a nova liderança. “Do ponto de vista do funcionamento eu pessoalmente até acho que vai ficar mais tranquilo. Para mim, a expectativa é a melhor possível, tenho boa relação com ele”, disse Jaques a jornalistas.