Jorge Messias, cotado para STF, dá dicas culturais: uma bela da tarde e os retratos de fantasmas

Ministro-chefe da AGU indica ainda livro sobre quem odeia a democracia

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Por Redação

Servidor de carreira, Jorge Messias, ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU) não abre mão da origem pernambucana para compartilhar sugestões na série do Estadão “Para ver, ouvir e pensar”. O ministro de Lula cotado para a vaga de magistrado no Supremo Tribunal Federal (STF) vai de filme rodado em Recife e música de compositor pernambucano.

Messias indica ainda livro sobre a relevância da democracia. Veja a seguir as sugestões do ministro:


Um filme

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Uma produção brasileira escolhida para representar o País na disputa pelo Oscar é a indicação do ministro da AGU. O filme Retratos Fantasmas, do cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho, é um longa-metragem documental. Conta a história dos cinemas que se foram no centro de Recife. Ao Estadão, o diretor do filme explicou sua intenção: “Numa foto há pessoas que já foram, que já estiveram. Mas, no registro, elas estão ali. Num cinema, a dimensão fantasma é total: umas 50 mil pessoas passaram por aquelas salas. Ver a foto de uma sala de cinema é ter uma comunicação com uma outra realidade”.

Abaixo seguem dois traillers da produção brasileira indicada por Messias:



Um livro

Publicado originalmente em 2005 e com edição traduzida em 2013 para o português, livro do filósofo francês Jacques Rancière é a escolha de Jorge Messias. A obra é “O ódio à democracia”. Nela, o autor recupera a história da crítica aos regimes democráticos. No ano em que os prédios públicos em Brasília foram invadidos e depretados no 8 de janeiro, o texto está mais do que atual.


Capa do livro indicado pelo ministro Jorge Messias, da AGU Foto: Reprodução / Estadão


Uma música

O ministro Jorge Messias sugere uma composição do pernambucano Alceu Valença. O cantor e compositor que canta as alegrias e tristezas de Olinda e Recife em algumas de suas canções. Messias escolheu uma delas: “La Belle de Jour”, de 1992. O título da música é o mesmo de filme de Luis Buñuel com a triz francesa Catherine Deneuve, de 1967. Mas a canção se refere a outra bela, da praia de Boa Viagem. Diz a letra:

Eu lembro da moça bonita

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Da praia de Boa Viagem

E a moça no meio da tarde

De um domingo azul

Azul era Belle de Jour

Era a bela da tarde

Seus olhos azuis como a tarde

Na tarde de um domingo azul

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La Belle de Jour



Ficha técnica:

Filme: Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho

Livro: O Ódio à Democracia, de Jacques Rancière

Música: La Belle de Jour, de Alceu Valença

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