O procurador José Carlos Bonilha, candidato a procurador-geral de Justiça de São Paulo, marcou uma missa em ação de graças para a próxima sexta-feira, 12, “para que seja feita a melhor escolha quando da eleição ao cargo”. O encontro ocorrerá na Paróquia São José, no Jardim Europa, zona oeste da capital paulista.
No sábado, 13, será escolhido o sucessor de Mário Luiz Sarrubbo, que esteve no comando da instituição por dois mandatos consecutivos em quatro anos. Sarrubbo se aposentou para assumir a Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Candidato da oposição, Bonilha disse ao Estadão que quer um “Ministério Público de São Paulo sem militância político-partidária e que esteja conectado com as legítimas reivindicações apresentadas pela sociedade”. O procurador afirmou ainda que, caso seja eleito, pretende manter contato com a sociedade, colocando as ferramentas do Ministério Público estadual “à disposição para equacionar as demandas sociais”.
Nas redes sociais, o procurador se compromete a democratizar o órgão e defende a autonomia de promotores e servidores. Ele ainda compartilha registros religiosos, como a presença em missas realizadas em datas cristãs.
A função disputada por Bonilha tem grande peso político. O eleito pode propor ações contra deputados estaduais, prefeitos, promotores de Justiça, juízes e governador, que é quem seleciona um dos três candidatos mais votados pelos membros do MP via sistema eletrônico.
Assim, caberá ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) definir quem será o próximo procurador-geral da Justiça, que exerce a função por dois anos.
Cinco são os candidatos à cadeira mais cobiçada do MP. Além de Bonilha, o procurador Antônio Da Ponte também é concorre pela oposição. Pela situação, com apoio de Sarrubbo, são dois procuradores: José Carlos Cosenzo e Paulo Sérgio de Oliveira e Costa. A procuradora Tereza Exner, única mulher no embate, corre “por fora”, nem alinhada à oposição nem à situação.
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