José Dirceu defende 12 anos de governos aliados e reeleição de Lula; ‘não vejo outro nome’

Em entrevista, petista que chegou a ser preso pela Lava Jato negou a existência do Mensalão

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Por Redação
Atualização:

O ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria concorrer à reeleição e defendeu 12 anos de governos aliados em um mesmo “projeto de desenvolvimento”. Ele questionou ainda a Operação Lava Jato e sua condenação por corrupção.

Ao fazer uma avaliação dos primeiros 100 dias do governo Lula, em entrevista para a RedeTV, o ex-ministro afirmou que é preciso ter planos de longo prazo que exigiriam 12 anos de gestão, em três governos aliados que possam trabalhar “um projeto de desenvolvimento nacional”.

José Dirceu, depois de receber alta hospitalar, junto ao filho Zeca Dirceu. Foto: Twitter/@zeca_dirceu/Reprodução

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Segundo Dirceu, que é um dos principais líderes históricos do PT, isso não significa necessariamente defender 12 anos de governos do partido. “Estou pensando em um governo como foi o segundo turno, de uma frente que pensa o País e tem um projeto para o País, porque são reformas estruturais e são políticas de longo prazo que o Brasil precisa”.

Mas, questionado sobre quem lideraria esse movimento, ele apontou que o nome certo é o de Lula, inclusive para uma reeleição em 2026. “Não vejo outro nome hoje, outra liderança que possa ser candidato”, disse.

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Dirceu também defendeu uma reforma tributária e atacou as taxas de juros cobradas pelo Banco Central que, para ele, impedem uma reindustrialização do Brasil. “Considero quase um crime de responsabilidade o comportamento do Roberto Campos Neto. Como justificar 8% de juro real?”, questionou.

Lava Jato

Dirceu, que foi condenado tanto no processo do Mensalão quanto na Operação Lava Jato, questionou as acusações. Segundo ele, sua condenação teria sido feita sem provas. “Minhas prisões eram tão ilegais que eu ganhei dois habeas corpus do Supremo”, disse.

Ele chegou a questionar a existência do Mensalão. “Fiquei como chefe do Mensalão, que, aliás, nem existiu”, disse. E atacou a Lava Jato, dizendo que teria sido uma operação política de “consequências trágicas”. “O objetivo era praticamente aniquilar o PT, excluir o PT”, disse o ex-ministro.

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