PSDB é 11º partido de Datena, que já recuou quatro vezes de candidaturas; relembre

Apresentador de TV é cotado para ser vice de Tabata Amaral na disputa pela Prefeitura de São Paulo nas eleições municipais deste ano

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Foto do author Juliano  Galisi
Atualização:

Menos de quatro meses depois de se filiar ao PSB, o apresentador de TV José Luiz Datena vai ingressar no PSDB nesta quinta-feira, 4. É a 11ª troca partidária do comunicador. A mudança de legenda permitirá que ele aceite a indicação a vice na chapa da deputada federal Tabata Amaral (PSB) na disputa pela Prefeitura de São Paulo, que poderá contar com a aliança com os tucanos. No histórico político, recuou de quatro campanhas eleitorais.

Datena no lançamento da pré-candidatura de Tabata Amaral à Prefeitura de São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão

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Datena se filiou ao PSB em 19 de dezembro de 2023. Sem alianças com outras siglas, o jornalista era uma aposta do partido para impulsar a candidatura de Tabata. A entrada na legenda foi um convite da deputada federal, que quer tê-lo como companheiro de chapa.

A filiação de Datena ao PSDB aproxima a chance de o jornalista ser o vice da deputada federal na disputa à Prefeitura paulistana. Com a aliança com os tucanos, Tabata terá mais tempo de propaganda eleitoral na TV e no rádio durante o pleito.

Datena se filia ao PSDB com o diretório paulistano da legenda esvaziado. A sigla sofreu uma debandada na janela partidária, perdendo todos os seus representantes na Câmara Municipal.

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Datena permaneceu menos de quatro meses no PSB, sua décima filiação política. O histórico do apresentador acumula 11 siglas, já incluindo o PSDB. A primeira legenda em que ele esteve associado foi o PT, de 1992 a 2015. Desde então, passou por oito siglas em um intervalo de oito anos: PP, PRP (extinto), DEM (hoje, União Brasil), MDB, PSL (fundido ao União), PSC, União Brasil e PDT.

Até as eleições de 2014, Datena era citado como possível postulante a um cargo eletivo. O apresentador chegou a confirmar alguns convites, mas não demonstrava vontade de se lançar como candidato, apesar de estar filiado a partidos políticos. A partir das eleições de 2016, passou a tratar os planos na política de forma mais enfática, chegando a admitir a possibilidade de estar nas urnas e, depois, recuando.

Prefeito de São Paulo (2016)

Em 2016, Datena estava filiado ao PP e era cotado para disputar a Prefeitura de São Paulo. No dia seguinte à publicação de uma reportagem do Estadão que revelou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) estimava em mais de R$ 300 milhões o total em propinas obtidas pelo PP entre 2006 e 2014, a partir do esquema de corrupção na Petrobras, Datena desistiu da pré-campanha. “Não posso permanecer em um partido que tomou mais de R$ 300 milhões da Petrobras”, afirmou o jornalista.

O valor mencionado consta em uma denúncia apresentada por Rodrigo Janot, então procurador-geral da República, em denúncia contra o deputado Nelson Meurer (PP-PR).

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Senador (2018)

Dois anos depois, o nome do apresentou voltou a ser cotado para as eleições. Datena era cogitado para se candidatar ao Senado e se filiou ao DEM de olho no projeto eleitoral. Doze dias após a filiação, desistiu da campanha. “Achei que não era a hora de participar dessa política do jeito que ela está aí”, disse.

Vice-prefeito de São Paulo (2020)

O jornalista voltou a ser sondado na eleição seguinte, em 2020. Ele se filiou ao MDB e era cotado para compor a chapa à reeleição de Bruno Covas (PSDB). Também recuou na oportunidade, afirmando que a Band pediu para que ele permanecesse na emissora. O acordo acabou contemplando Ricardo Nunes (MDB), hoje prefeito e pré-candidato à reeleição, que ainda também não tem um nome para o vice da chapa.

Senador (2022)

Em 2022, Datena chegou a ser uma das opções estimuladas por institutos de pesquisa em levantamentos de intenções de voto. O nome do apresentador aparecia nas pesquisas para o cargo de senador, e ele liderava as intenções de voto. Mesmo assim, recuou da campanha.

“Eu pensei bem e resolvi seguir o meu caminho”, disse, às vésperas do prazo legal para que deixasse de apresentar programas no rádio e na televisão.

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