Alguns parlamentares do PT querem aproveitar a reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o arcabouço fiscal, prevista para a próxima segunda-feira (15), para fazer críticas e questionamentos ao texto. Entre as perguntas, querem que Haddad explique como pretende ampliar a receita em R$ 150 bilhões, promessa que veem com desconfiança. Também pretendem cobrar garantias do ministro de que não haverá corte de despesas na Saúde e Educação.
A reunião da Executiva do PT com Haddad, para a qual congressistas também foram convidados, está prevista para às 18 horas. Antes, às 16h, o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, vai conversar com os deputados do PT sobre o mesmo tema.
Apesar de o líder do partido na Câmara, Zeca Dirceu (PR), ter dito que a bancada não fará emendas ao texto, há um grupo de parlamentares que defende alterações. Entre eles está a presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, além dos deputados Lindbergh Farias (RJ), Pedro Uczai (SC), Rui Falcão (SP) e Rogério Correia (MG).
Gleisi tem dito a interlocutores que o partido não vai abrir mão das mudanças caso o relator Claudio Cajado (PP-BA) faça ajustes considerados excessivas pelos petistas na versão final do seu parecer.
O governo tenta evitar a apresentação de emendas para garantir a aprovação por acordo, sem que a oposição também insista em incluir suas sugestões em plenário.
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