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Jurista Antonio Cançado Trindade morre aos 74 anos

Magistrado atuou na Corte Internacional de Justiça, foi presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos e consultor jurídico do Itamaraty

Por Levy Teles
Atualização:

O professor e jurista Antonio Augusto Cançado Trindade morreu neste domingo, 29, aos 74 anos, em Brasília. Ele foi juiz na Corte Internacional de Justiça, consultor jurídico do Itamaraty e teve um vasto trabalho no campo do direito internacional e dos direitos humanos.

“Cançado inspirou gerações de diplomatas na defesa do direito internacional”, escreveu o Ministério das Relações Internacionais, em nota. “Em sua trajetória, permaneceu fiel a seus ideais e, com determinação incansável, deixou como legado uma maior humanização do direito internacional.”

Antonio Augusto Cançado Trindade, então presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos, em encontro com Fernando Henrique Cardoso em San José, Costa Rica Foto: Wilson Pedrosa/AE - 4/4/2000

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Natural de Belo Horizonte, Cançado Trindade foi também juiz e presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos e professor do Instituto Rio Branco entre 1979 e 2009.

Ele se formou em direito pela Universidade Federal de Minas Gerais, obteve o título de doutorado na Universidade de Cambridge, no Reino Unido, e foi professor da Universidade de Brasília.

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, lamentou a morte do jurista. “O Supremo Tribunal Federal manifesta aos familiares e amigos votos de conforto e os mais sinceros pêsames. As lições e as inspirações deixadas pelo professor e jurista são um legado valioso para o Brasil, para a Suprema Corte e para o direito brasileiro”, escreveu.

Em publicação nas redes sociais, o ministro do STF Gilmar Mendes afirmou que Cançado Trindade “deixa um grande legado” para o direito internacional.

Integrante da comissão Interamericana de Direitos Humanos, Flávia Piovesan classificou Cançado Trindade como “o pai dos direitos humanos no Brasil”. Para ela, o magistrado “sempre foi um jurista sólido, visionário, humanista. Por onde passou, teve um legado transformador.”

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Outras instituições, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), também lamentaram o falecimento de Cançado Trindade.

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