Justiça da Argentina manda prender 61 foragidos do 8 de Janeiro a pedido do STF

Ordem de prisão foi emitida a pedido do Supremo para que condenados sejam extraditados ao Brasil

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Por Redação

A Justiça da Argentina determinou a prisão de 61 brasileiros que estão foragidos naquele país e são acusados de participar dos atos extremistas no 8 de janeiro em Brasília. A ordem de detenção foi feita para extraditar os investigados para o Brasil a pedido de Supremo Tribunal Federal. A decisão judicial foi confirmada por fontes oficiais à Agência France Press.

O despacho é assinado pelo juiz Daniel Rafecas e atinge os brasileiros já condenados pelo STF e que estão escondidos em território argentino.

Imagem aérea, feita por volta das 16h do dia 8 de janeiro de 2023, mostra grupo de manifestantes pró-Bolsonaro invadindo e destruindo o prédio do STF, em Brasília Foto: Reprodução/Polícia Militar

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O pedido de prisão para fins de extradição dos acusados foi feito em junho deste ano pelas autoridades brasileiras. O pedido original citava 140 brasileiros. Segundo fonte ouvida pela AFP, já foram feitas prisões nesta sexta-feira, 15. A decisão judicial determina que as prisões podem ser feitas em qualquer cidade argentina.

Ainda cabe recurso judicial para a decisão de extradição dos brasileiros. Eles podem pedir refúgio ao governo argentino, explicou a fonte ouvida pela AFP. O atual presidente da Argentina, Javir Milei, já teve desentendimentos públicos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e é mais próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro que vem defendendo a anistia dos condenados pelo 8 de Janeiro. Milei está entre as autoridades que participarão do G-20 no Rio de Janeiro a partir de segunda-feira.

Entre os presos estão Joelton Gusmão de Oliveira, de 47 anos, e Rodrigo De Freitas Moro, de 34. Oliveira foi condenado a 17 anos de prisão e foi detido na cidade de La Plata, a 60 quilômetros de Buenos Aires. A prisão teria ocorrido quando o brasileiro tentava fazer registro de refugiado no país.Rodrigo de Fretias, condenado a 14 anos, foi preso na mesma cidade quando tratava de documentação de migração /AFP.

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