O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) encontrou apenas R$ 16.611,63 na conta de Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após determinar o bloqueio de R$ 360 mil em bens para quitar um empréstimo contraído por ele com o Banco Santander. Em agosto, a Justiça acolheu o pedido da instituição financeira e autorizou a pesquisa de ativos financeiros em bancos e a busca de veículos em seu nome para quitar a dívida.
O juiz responsável pelo caso, João Batista Gonçalves da Silva, da 1ª Vara de Execução de Títulos Extrajudiciais e Conflitos Arbitrais de Brasília, determinou nesta terça-feira, 10, que Jair Renan seja informado sobre o bloqueio dos valores, realizado no dia 27 de agosto. Procurado, por meio de seu advogado, o filho do ex-presidente não respondeu até o momento.
A Justiça também comunicou que a quantia bloqueada foi transferida para uma conta vinculada ao juízo e que a tentativa de localizar bens por meio do sistema de Restrições Judiciais de Veículos Automotores (Renajud), utilizado para a busca de veículos, foi infrutífera, ou seja, nenhum veículo ou bem registrado foi encontrado.
No final de agosto, a 1ª Vara de Execução de Títulos Extrajudiciais e Conflitos Arbitrais de Brasília, atendeu ao pedido de bloqueio de bens feito pelo Santander. Na sentença, o magistrado argumentou que, como Jair Renan não foi localizado para a intimação sobre o pagamento da dívida, o bloqueio é necessário.
Na ocasião, o juiz determinou que os valores bloqueados fossem transferidos para uma conta vinculada ao juízo, com o bloqueio limitado ao valor da execução, de R$ 360.241,11.
A primeira vez que o banco pediu o confisco dos bens de Jair Renan foi no início de abril, após o TJDFT aceitar uma denúncia do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), que acusa o filho do ex-presidente de lavagem de dinheiro, uso de documento falso e falsidade ideológica. Jair Renan nega as acusações.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.