Após cerca de 45 horas de silêncio, o presidente Jair Bolsonaro (PL) se pronunciou sobre o resultado do segundo turno das eleições de 2022, no último domingo, quando perdeu a chance de reeleição e foi derrotado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante um discurso de 2 minutos e 21 segundos, o atual chefe do Executivo não contestou a derrota, embora tenha evitado citá-la abertamente, e afirmou que cumprirá a Constituição. “Sempre fui rotulado como antidemocrático. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Sempre continuarei cumprindo todos os mandamentos na nossa Constituição”, disse.
Leia a íntegra do discurso de Bolsonaro:
Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro.
Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral.
As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir.
A direita surgiu de verdade em nosso País. Nossa robusta representação no Congresso mostra a força dos nossos valores: Deus, Pátria, Família e Liberdade. Formamos diversas lideranças pelo Brasil. Nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca.
Somos pela ordem e pelo progresso. Mesmo enfrentando todo o sistema, superamos uma pandemia e as consequências de uma guerra.
Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar mídia e as redes sociais.
Enquanto presidente da República, esse cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição.
É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econômica, a liberdade religiosa, a liberdade de opinião, a honestidade e as cores verde amarela da nossa bandeira.
Muito obrigado.
Confira vídeo do pronunciamento:
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.