Lesa Pátria cumpre mandados: Entenda o que a operação da Polícia Federal já apurou até agora

Operação já deflagrou 6 fases desde o ataque à Sede dos Três Poderes; investigações apuram responsáveis pelos ataques de 8 de janeiro em Brasília

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Por Redação

Desde que Brasília sofreu ataques violentos na Sede dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, por parte de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, a Polícia Federal tem realizado uma força-tarefa para apurar os responsáveis pelas depredações dos prédios públicos do Congresso Nacional, do Superior Tribunal Federal e do Palácio do Planalto.

Grupos de Bolsonaristas radicais invadiram as Sedes dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro -DF. FOTO: WILTON JUNIOR / ESTADÃO Foto: Wilton Junior/Estadão

A Operação Lesa Pátria já deflagrou seis fases de investigação para identificar os mentores por trás da tentativa de golpe contra a democracia e as instituições. A PF abriu um canal de denúncias e tornou a Operação permanente.

Entenda as fases da operação e o que o órgão já apurou sobre o caso:

Primeira Fase

Por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), a Operação Lesa Pátria deu início à sua primeira fase de investigação no dia 20 de janeiro. Na ocasião, a Polícia Federal prendeu cinco suspeitos de participação, incitação e financiamento nos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Dentre os presos estavam “Ramiro dos Caminhoneiros”, Randolfo Antonio Dias, Renan Silva Sena e Soraia Baccio. A operação ainda decretou buscas em 16 endereços em São Paulo (7), Rio de Janeiro (1), Minas Gerais (1), Goiás (1), Mato Grosso do Sul (1) e Distrito Federal (5). Foram apreendidas mais de R$ 20 mil na casa de um dos investigados.

Segunda Fase

No dia 23 de janeiro, a Polícia Federal prendeu Antônio Cláudio Alves Ferreira, extremista capturado pelas câmeras do Palácio do Planalto e que destruiu o relógio de pêndulo de Dom João VI. O vândalo foi encontrado pelos policiais em Uberlândia (MG). Na casa do investigado foram recolhidos um celular, um carro e uma caderneta de anotações.

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Terceira Fase

Cinco pessoas investigadas pelos atos antidemocráticos foram presas na terceira fase da operação, aberta no dia 27 de janeiro. A idosa Maria de Fátima Mendonça, de 67 anos, que viralizou ao dizer em um vídeo que ia ‘pegar o Xandão’, também foi presa. Os presos são José Fernando Honorato de Azevedo, Claudio Mazzia, Valfrido Chieppe Dias, Eduardo Antunes Barcelos e Marcelo Eberle Motta. Na mesma etapa, o sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro, conhecido como Léo Índio, foi alvo de buscas em seu endereço.

Quarta Fase

Na quarta fase da operação, deflagrada no dia 3 de fevereiro, a Polícia Federal prendeu o empresário Márcio Furacão, que participou da invasão ao Palácio do Planalto e se filmou durante todo o trajeto. Na mesma etapa, a PF também prendeu o sargento da Polícia Militar William Ferreira da Silva, conhecido como ‘Homem do Tempo’, que fez vídeos subindo a rampa do Congresso Nacional e dentro do STF. Durante as buscas, armas e aparelhos eletrônicos foram apreendidos.

Grupos de Bolsonaristas radicais invadiram as sedes dos três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro-DF. FOTO: WILTON JUNIOR / ESTADÃO Foto: Wilton Junior/Estadão

Quinta Fase

Quatro oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal, suspeitos de conivência com os bolsonaristas radicais que invadiram a Sede dos Três Poderes, foram presos no último dia 7 de fevereiro por omissão diante dos atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes. Um deles é o coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, que era chefe do Departamento Operacional da corporação, setor responsável pelo planejamento da operação de segurança para o dia 8 de janeiro.

Sexta Fase

Deflagrada hoje, 14, pela manhã, a sexta fase da operação prendeu cinco investigados pelos atos antidemocráticos do mês passado. Outros três suspeitos são procurados. A PF também realiza 13 mandados de busca e apreensão em Goiás, Minas Gerais, Paraná, Sergipe e São Paulo, conforme pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é o relator das investigações.

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