Líder do PSDB diz que partido está disposto a ajudar o País e que 'não precisa ser base para isso'

Tucanos estiveram nesta quarta-feira, 5, com presidente eleito e equipe de transição

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Por Luisa Marini, Larissa Lima e especiais para O Estado

BRASÍLIA - Depois de se reunir com o presidente eleito Jair Bolsonaro, o líder do PSDB na Câmara dos Deputados Nilson Leitão (MT) disse que o partido está disposto a ajudar o Brasil, mas que "não precisa entrar no governo para isso". O deputado falou que os o partido vai apoiar as reformas ligadas à "agenda tucana" e defendeu que Bolsonaro aproveite o capital político do início do mandato para aprovar mudanças no Congresso. 

"O governo Bolsonaro vai ter apoio para tudo aquilo que também é a agenda tucana, como todas as reformas. Essa é a agenda que nos une: a reforma previdenciária, tributária, pacto federativo, redução da máquina pública. São temas que foram debatidos e é o que ele também deseja", disse Leitão no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde o presidente eleito e o ministro Onyx Lorenzoni receberam a bancada do PSDB. "Deixamos claro que PSDB entra e sai dessa reunião com disposição para ajudar o Brasil, mas que não precisa estar no governo para isso." 

Líder do PSDB, Nilson Leitão. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Segundo o deputado, Bolsonaro pediu ajuda do partido para governar e destacou que o modelo de governo proposto pelo presidente eleito determina que "não é preciso fechar questão com o governo, tem que fechar questão com aquilo que você acredita".

"Acredito que a roupagem que está sendo desenhada é que muitos blocos vão se juntar e obviamente a maior adesão vai ser nas reformas, ou seja, base aliada para Previdência, base aliada para reforma tributária e outros temas", afirmou Leitão.

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Sobre a reforma da Previdência, o deputado disse que a ideia é aprovar primeiro o que já foi debatido e deixar para depois o que ainda não está pronto. "Não pode desperdiçar tudo aquilo que foi gasto esse período todo em debates e discussões, aprofundamento do tema. Idade mínima, por exemplo, está pronto para ir ao plenário".

"A nossa defesa é que todo esse capital político que o Bolsonaro terá de cara no início do mandato seja ele investido em todas as reformas que o Brasil precisa", afirmou o deputado tucano.