O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) condenou o comportamento agressivo de parlamentares durante a sessão que promulgou a reforma tributária. Lira criticou ainda o vice-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, o deputado Washington Quaquá, que deu um tapa no rosto do deputado Messias Donato (Republicanos).
“Política é a arte de viver com contrários”, disse. “Não concordo com tudo que Lula defende”, disse em entrevista à Globonews.
Para Lira, as imagens da discussão entre os dois parlamentares, assim como as vaias da oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “depreciam a imagem do parlamento”. “Ser de esquerda ou ser direita não representa aquilo ali não”, afirmou o presidente da Câmara, criticando os que fazem “lacração nas redes sociais”.
O líder chegou a cobrar lideranças ao pedir que os partidos dos envolvidos tomem as medidas cabíveis e eles “não se projetam de novo” com relação a falta de decoro. Para o caso, Lira pediu o rigor necessário, pontuando que o ato ofuscou a promulgação da reforma, “que foi uma conquista muito grande do parlamento”, disse.
Vice-presidente do PT, Quaquá agrediu Messias Donato dentro do plenário da Câmara. Quaquá foi tirar satisfação de deputados apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que cantavam “Lula/ladrão/ seu lugar é na prisão” para o chefe do Executivo.
Quaquá disse que faria uma representação contra o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e o chamou de “viadinho”. Donato interviu pegando no braço do petista. Quaquá então esbofeteou Donato na cara.
Deputado agredido diz estar fazendo seu ‘papel como oposição ao governo’
Ao Estadão, o deputado Messias Donato alegou que ele e seus aliados estavam fazendo seu “papel como oposição ao governo” ao vaiar Lula, quando Quaquá se aproximou deles e “começou a xingar com termos homofóbicos e agressivos”.
“Foi quando eu fui até ele e, com minha mão esquerda, encostei nele pedindo para não fazer aquilo e então recebi o tapa”, afirma, dizendo ter sido “covardemente agredido”.
Já o deputado petista disse, em nota, que deu tapa em Donato depois de sofrer uma agressão.
De acordo com Quaquá, a “reação foi desencadeada por uma agressão anterior. O deputado proferia ofensas contra o presidente da República quando liguei a câmera do celular com a intenção de produzir prova para um processo. Foi quando fui empurrado e tive o braço segurado para evitar a filmagem. Nunca utilizo a violência como método, mas não tolero agressões verbais ou físicas da ultra direita e sempre reagirei para me defender. Bateu, levou”, afirmou em postagem eu suas redes sociais.
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